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FOTOS QUE EVANGELIZAM

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SEMANA DA FAMÍLIA 2014

sábado, 18 de dezembro de 2010


4º domingo do advento

Que a terra se abra ao amor e germine o Deus Salvador. Esse refrão de uma canção do advento retrata o sentido profundo dessa caminhada litúrgica que a igreja fez até chegar ao último domingo do advento. As leituras apontam para a revelação mais esperada de toda história da humanidade: Ele está no meio de nós! O nosso Deus é Emanuel – é um Deus conosco, em nós e por nós! Ele armou sua tenda no meio do seu povo. 

Isaías profetiza a chegada do Menino-Deus (Is 7, 10-141) e o evangelista Mateus vê, no nascimento de Jesus, o cumprimento dessa palavra (Mt 1,18-24). Paulo, na segunda leitura, confirma a profecia de Isaías e diz que Jesus é descendente de Davi e que ele mesmo, Paulo, tornou-se seu discípulo e missionário. 

O mais interessante da narração de Mateus é que a história do nascimento de Jesus é contada a partir da perspectiva de José, diferente de Lucas, que narra a partir de Maria. Ambos afirmam que a gravidez é obra do Espírito Santo. Porém, José assume a dianteira do texto. Homem justo, temente a Deus, José começa a viver uma profunda angústia, um drama interior muito intenso: abandonar Maria, denunciá-la ou aceitar que sua gravidez é obra de Deus? José amava Maria profundamente! Por isso, queria abandoná-la em segredo, silenciosamente, sem prejudicá-la. 

Deus intervém e, em sonho, confirma a obra do Espírito Santo na vida de sua esposa. E, o mais importante, Deus o convida para dar um nome à criança, isto é, assumir a paternidade e colocar o menino na descendência de Davi. E o nome é: Emanuel. Deus assume, radicalmente, seu amor pela humanidade e assume a carne humana. Ele veio viver as alegrias e as tristezas, os sonhos e as frustrações, os riscos e a beleza de ser gente. O sim de José protegeu e possibilitou o sim de Maria. 

A maior graça do advento é saber que Deus está conosco! Outra riqueza de valor inestimável no tempo do advento é o sentido da família. O Verbo se encarnou numa realidade concreta de família. Como Jesus veio ao mundo pobre de tudo, inclusive de sua divindade, encontrou sua riqueza numa família - Maria e José – suas únicas riquezas, seus únicos bens. Perceba que a riqueza de Jesus passa ao largo da materialidade, mas uma riqueza feita de gente, de calor humano, de aconchego, de cuidado, de carinho. O único bem de Jesus foi a sua família!

Espero que todos tenham feito um profundo retiro espiritual ao longo dessas quatro semanas do advento, aprofundando o verdadeiro sentido do nascimento do Menino-Jesus, o sentido de ser família, de saber que Deus assumiu nossas dores e veio viver entre nós. Que o nascimento de Jesus nos ajude a viver como irmãos.

  1. Primeira leitura - Is 7,10-14
  2. Segunda leitura - Rm 1,1-7
  3. Salmo - Sl 23
  4. Evangelho - Mt 1,18-24

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