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FOTOS QUE EVANGELIZAM

FOTOS QUE EVANGELIZAM
SEMANA DA FAMÍLIA 2014

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012


Ano novo, ano de bênçãos


Frei Mário Sérgio, ofmcap

Acredito muito na sabedoria da Igreja. Claro, não poderia ser diferente, afinal, sou padre. Mas, o modo como a igreja compreende a relação do homem com o tempo é muito interessante. Ela anuncia o tempo Cronos (da vida prática, do cotidiano) e o tempo Kairós (das coisas de Deus). Um não anula o outro, mas dialogam entre si. O segredo é descobrir, no tempo dos homens (cronos) o tempo de Deus (kairós).

Mas, falava no início da sabedoria da igreja, pois é, na primeira celebração do ano, a liturgia nos convida a acolher e celebrar benção de Deus. Enquanto muitos pensam nas coisas materiais (cronos) a igreja lança o olhar para as coisas que não passam (kairós). A benção de Aarão é o sinal do amor de Deus pelos homens e mulheres: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz”!(Nm 6, 22-27).

Em síntese, a benção de Aarão traz alguns elementos que devem nos acompanhar ao longo do ano que está começando: benção, proteção, brilho, luz e a paz. É esse olhar para o novo ano que a Igreja nos convida a lançar. Que o Senhor nos conceda um ano de muitas bênçãos!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

PENSANDO O NATAL


São Francisco e Santa Clara adorando o Menino Jesus


É PRECISO CELEBRAR

Frei Mário Sérgio, ofmcap

A vida precisa ser celebrada! Existem momentos que marcam, profundamente, a vida de toda pessoa. Cada acontecimento tem uma força misteriosa para cada um. Ninguém vive a mesma experiência, com a mesma verdade, com a mesma intensidade. Cada um faz a sua experiência pessoal. É bem verdade que existem elementos que são comuns, mas o modo de receber as vibrações é bem particular.

As datas têm uma força mística, não tenho dúvida disso. Mesmo sabendo das manipulações que as datas sofrem (políticas, econômicos, religiosas, sociais, culturais etc) ou sofreram, ao longo de suas existências, não se pode negar a importância de celebrá-las.

As frases são as mesmas: natal é todo dia; dias das mães é todo dia; dia das crianças é todo dia... E por aí se vai... Penso que os frutos dessas datas devem ser vividos todos os dias, mas eles acontecem numa data pontual, que é uma grande oportunidade de celebração, de reflexão, de fazer memória, de crescimento pessoal e comunitário.

Estamos em tempos de esvaziamentos. Queremos tirar o sentido de todas as coisas, com a ideia de que aquilo não tem mais razão de existir. A Igreja nunca abriu mão dos seus ritos, que se repetem a cada ano, com a mesma intensidade, com a mesma unção, com o mesmo poder transformador de vidas. A liturgia da Igreja é sempre nova. Os ritos são sempre novos. Os textos bíblicos são sempre atualizados.

Por isso, é importantíssimo celebrar o Natal. Re-viver o maior acontecimento da história da humanidade, para os cristãos. Não podemos achar que todos os natais já foram celebrados, qual nada, toda celebração tem o cheiro do passado e o gosto do presente. Que a luz do Menino de Belém, afugente as trevas do nosso coração, da nossa mente, e do nosso desejo de trilhar os caminhos do Senhor, nossa verdadeira Luz. 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012


 A FAMÍLIA E A SUPERAÇÃO DAS DIFICULDADES
O sofrimento, o limite e a morte fazem parte da nossa condição de criaturas, assinalada pela experiência do pecado, ruína de toda a beleza, corrupção de toda a bondade. Mas isto não significa que somos vencidos; pelo contrário, a consciência e a aceitação desta condição estimula-nos a confiar na presença bondosa de Deus, que sabe renovar todas as coisas.
No texto Bíblico (Mt 2, 13-21): O anjo convida São José a despertar, levantar , “tomar” o menino, fugir... e confiar, permanecendo numa terra estrangeira até que o Senhor avise. José assume as suas responsabilidades, é protagonista da sua própria condição, mas não se sente sozinho, porque conta com o olhar d’Aquele que sustenta e é providente à vida de todo ser humano. José parte “durante a noite”.
A confiança de São José em Deus não tira as dificuldades que teve de passar, mas concede as condições para que ele possa viver em todas as situações, sem jamais desesperar. Notemos que São José está acordado (tem consciência de sua capacidade humana), é capaz de enfrentar os acontecimentos e proteger a vida da mãe e do menino; mas ele age também na plena consciência de que é assistido pela salvaguarda eficaz de Deus.
Eis o significado da viagem para o Egito: a busca de um lugar seguro, para além da noite, que proteja contra as ameaças, preserve da violência, restitua a esperança e permita conservar uma boa ideia de Deus e da vida.
O texto que narra a viagem da família de Jesus durante a noite rumo a uma terra estrangeira por causa da criança que estava em perigo nos exorta a refletir naquilo que acontece também nos dias de hoje em muitas famílias, que são obrigadas a deixar as suas habitações seja pelas exigências do trabalho, seja pela miséria, seja pela busca de melhores condições de vida e saúde, para poderem oferecer aos seus filhos um contexto de vida melhor. Os pais sentem-se mal quando os filhos choram; sofrem e fazem de tudo para aliviar a sua dor. Fazem aquilo que podem, para que a vida dos seus filhos seja boa, seja um dom, seja abençoada em nome de Deus.
Trata-se da viagem da construção da família, da geração e da educação dos filhos, caminho árduo, difícil e exigente, no qual as numerosas dificuldades, das quais nenhuma família é preservada, são situações que às vezes podem levar os membros da família a desanimar.
Assim com fez São José, é fundamental saber “ouvir o anjo”, discernir espiritualmente os acontecimentos e os momentos da nossa vida familiar, para que as relações sejam sempre purificadas, favorecidas e curadas. A família vive da graça de Deus, mas também de bons relacionamentos, de olhares recíprocos positivos, de estima e de garantias mútuas, de defesa e de proteção.
A família é a primeira escola dos afetos, o berço da vida humana, onde o mal pode ser enfrentado e superado. A família é um recurso precioso de bem para a sociedade. Ela constitui a semente da qual nascerão outras famílias, chamadas a melhorar o mundo.
Quando São José toma o menino e a sua mãe, ele obedece e afasta-os do perigo. Herodes, que devia ser garantia da vida do seu povo, na realidade transformou-se no perseguidor do qual precisa-se escapar. Também hoje, a família enfrenta muitos perigos: sofrimentos, egoísmos, pobrezas e infidelidades, mas também ritmos de trabalho excessivos, consumismo, competição, indiferença, abandono, solidão... aquilo que seria dom de Deus, se transforma em maldição.
Contudo, sabemos em quem colocamos nossa confiança e acreditamos e lutamos por um mundo cristão. Deus nos capacita a transformar as maldições em bênçãos.
A esta obra parece ser chamado, em primeiro lugar, o pai: é ele que acorda e toma a iniciativa. A São José estão confiados o filho e a mãe; ele sabe que deverá levá-los para o Egito, para um lugar seguro. “Toma o menino e a sua mãe”, diz duas vezes o anjo, e o texto retoma mais duas vezes estas mesmas palavras.
Elas ressoam como um encorajamento aos pais, a superar as incertezas, a ir em frente, a cuidar do menino e da mãe. Hoje, as ciências humanas redescobrem a importância decisiva da figura paterna para o crescimento integral dos filhos.
O pai encontra a sua identidade e o seu papel, quando protege a mãe, ou seja, quando cuida da relação conjugal. O entendimento dos pais é decisivo para proteger e encorajar os filhos.
Semana Nacional da família 2012
Faça algo pela sua família nesta semana!
- Crie um Santuário doméstico: local apropriado e de destaque na casa, em cima de uma mesa com toalha branca, coloque a Bíblia, o terço, a(s) imagem(ns) de Santos ou da Virgem Maria, vaso com flores e vela(s). Colocar papel e caneta para escrever pedidos de oração da família ( deixar montado até domingo).
- Visite, telefone, escreva carta ou envie um e mail para duas pessoas da sua família que se encontram em situações difíceis.
Fonte: www.cnbb.org.br

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Creio na Igreja Católica


Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica

Frei Mário Sérgio, ofmcap

O Catecismo da Igreja, nº 811, diz: “Esta é a única igreja de Cristo que no credo confessamos una, santa, católica e apostólica”. Tudo o que a Igreja é, ela recebeu de Cristo pelo Espírito Santo. Só a fé pode reconhecer que a Igreja tem essas propriedades da sua fonte divina. O Concílio Vaticano I disse que a própria existência da Igreja, na sua caminhada terrena, é o seu perpétuo motivo de credibilidade e uma prova irrefutável da sua missão divina.

A IGREJA É UNA: a fonte da origem da Igreja é a Trindade. É una pelo seu fundador: Jesus Cristo. É una pela sua alma: o Espírito Santo. Portanto, é da própria essência da igreja ser una. A Igreja é UNA, mas dentro dela existe uma diversidade de dons, carismas, encargos, condições e modos de vida! A grande riqueza dessa diversidade não se opõe à sua unidade. Mas, os pecados humanos podem fazer essa unidade ruir. Por isso, o apóstolo exorta: “conserva a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Ef 4,3). Quais são os vínculos da unidade? A mesma profissão de fé; a celebração do culto divino e a sucessão dos apóstolos.

A IGREJA É SANTA: a igreja é, aos olhos da fé, indefectivelmente santa. Santa porque tem sua origem na Trindade; santa porque Jesus, o Santo, é seu fundador; santa porque o Espírito Santo a conduz à perfeição. Todas as obras da igreja tendem como a seu fim, à santificação dos homens em Cristo e à glorificação de Deus. É na Igreja que está depositada a plenitude dos meios de santificação! A Igreja santa, mas seu povo é pecador. Por isso, a igreja é dispensadora da graça, para santificar seu povo! Os santos e santas sempre foram fonte e origem de renovação nos momentos mais difíceis da história da Igreja.Por isso, a Igreja não cansa de olhar para Maria, Nossa Senhora, porque ela já atingiu a plenitude da santidade e da perfeição. Em Maria, a Igreja já é toda santa!

A IGREJA É CATÓLICA: a palavra católico quer dizer universal. Ela é católica porque nela está Cristo. Nela está a plenitude dos meios da salvação. Ela é católica desde o Pentecostes e o será até o dia da Parusia! Ela é católica quando mantém os laços fortes com a Igreja de Roma, com o Santo Padre, com seus bispos. Só pode ser considerado católico quem abraça a Igreja na sua totalidade. A Igreja existe para evangelizar. Sua essência é a missão. É na missão que a Igreja faz brilhar o esplendor de sua catolicidade.

 A IGREJA É APOSTÓLICA: a Igreja é apostólica por ser fundada sobre os Apóstolos: primeiro, foi constituída pelo fundamento dos apóstolos (Ef 2,20; At 21, 14); segundo, ela conserva e transmite, pela força do Espírito Santo, os ensinamentos dos apóstolos; terceiro, ela continua a ser ensinada, santificada e dirigida pelos apóstolos, que são os bispos, auxiliados pelos padres, pela força da sucessão apostólica.Toda a Igreja é apostólica na medida em que, através dos sucessores de São Pedro e dos Apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem.

Muito se publica sobre a queda da Igreja Católica no mundo, no Brasil, em nossas cidades. Mas, os números oficiais dizem o contrário. Os dados estatísticos se referem a 2010 e fornecem uma análise sintética das principais dinâmicas da Igreja católica nas 2.966 circunscrições eclesiásticas do planeta. Os católicos em 2010 somavam 1,196 bilhão, em comparação com cerca de 1,181 bilhão em 2009, com um aumento absoluto de 15 milhões de fiéis. Ao longo dos últimos dois anos, a presença dos católicos batizados em todo o mundo permanece estável em cerca de 17,5% da população global.

A tendência de crescimento no número de sacerdotes, que começou em 2000, continuou em 2010, ano em que foram contados 412.236 padres; em 2009 eram 410.593.

sábado, 31 de março de 2012

DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR




O QUE CELEBRAMOS?
·         O duplo nome da festa indica dois mistérios diferentes, duas tonalidades espirituais diferentes, duas histórias diferentes: Ramos e Paixão.
·         Na procissão de ramos, celebramos a entrada messiânica de Jesus em Jerusalém para realizar seu mistério pascal. O uso dos ramos faz alusão à festa das tendas.
·         A missa com a leitura da Paixão do Senhor é centrada sobre a figura de cristo como Servo Sofredor. As leituras falam da perseguição, do sofrimento e da entrega de Jesus que se fez o Servo do Senhor; realçam sua fidelidade à sua missão para salvar os pobres e humildes. Ele se associa a todos os sofredores e sofredoras do mundo, a todos os pequenos e injustiçados. Ele nos convoca para segui-lo neste caminho, hoje.

ESTRUTURA DA CELEBRAÇÃO:
Há três partes na celebração: memória da entrada do Senhor em Jerusalém (pode ser por três modalidades: procissão com os ramos, entrada solene ou entrada simples); liturgia da Palavra com a leitura da Paixão do Senhor e liturgia eucarística.

PROCISSÃO COM OS RAMOS:
·         O mais importante não é a benção, mas a procissão com os ramos. Não se aconselha fazer a procissão depois a benção dos ramos. A benção está em função da procissão.
·         Aproveitar que é uma festa de devoção “benzer os ramos” para uma boa catequese sobre o sentido da vida em comunidade.

LITURGIA DA PALAVRA:
·         Leitura da Paixão do Senhor: sem velas, sem incenso, sem a saudação “ O Senhor esteja...”, sem fazer o sinal-da-cruz sobre si mesmo nem sobre o livro; no final, não se beija o livro nem se diz “Palavra da Salvação”.
·         Se for proclamar o texto longo, o padre sempre faz a voz de Jesus. Convém intercalar a proclamação com refrões meditativos (Prova de amor e outros). O povo pode ficar sentado. Na narração da morte, todos ficam de joelhos por um instante.
·         Na homilia, pedir testemunhos da comunidade de sofrimentos e situação semelhantes à narração do Evangelho. Depois, iluminar com a Palavra de fé e de esperança.

Fonte: BUYST, Ione. Preparando a Páscoa. 2ªed. Paulinas, São Paulo 2005.

quinta-feira, 15 de março de 2012

RECUPERAR SÃO JOSÉ



Sempre tivemos uma imagem triste e descolorida de São José. Imaginamo-lo como um pobre homem (quando não um idoso), manso e sofredor, que mês após mês teve que ver crescer o ventre da sua amada, enquanto por dentro por dentro morria de dor em silêncio. Desorientado e quase ridículo, lutando entre a confiança e a dúvida, entre o amor e os ciúmes. Como era incapaz de compreender o mistério da encarnação, não lho diziam. Mas este não é o São José do Evangelho. José nunca teve dúvidas acerca da sua Maria. Soube tudo desde o princípio, porque tinha a mesma maturidade que a sua esposa. A sua única dúvida era sobre se Deus o queria ou não ao lado da sua mulher. E Deus fez-lhe saber que sim.

Hoje os cristãos entronizamos muito a Maria, mas não tanto a José. Na Liturgia temos muitíssimas festas da Virgem Maria, mas só duas de São José: 19 de Março e 1 de Maio. Os próprios estudos de Mariologia dão a impressão de que ela não teria sido casada, que se tivesse santificado fora do contexto matrimonial e familiar. Até as nossas devoções, imagens e pinturas se centram quase exclusivamente em Maria, e prescindem de José. Separámos o que Deus uniu!

Mas, Maria e José amaram a Deus em conjunto. Santificaram-se juntos. Um com o outro. Um graças ao outro. Estiveram juntos desde o princípio. Por isso, hoje, quando tantas famílias atravessam momentos de crise, quando muitos casamentos metem água por todos os lados, e a Igreja não dispõe de modelos conjugais, convém lembrar José, a quem Deus quis santificar em família unido para sempre a Maria. 
Frei Lopes Morgado, ofmcap

domingo, 11 de março de 2012

III DOMINGO DA QUARESMA (Ano B


Frei Mário Sérgio, ofmcap

Quem criou o mundo, o ser humano, tudo que existe? Com essa pergunta, todas as pessoas, um dia, se deparam. Nessa busca inteligente de respostas, o ser humano pode ser ferir ou se libertar. Ferir quando essa busca não aponta para a Verdade última do ato criacional. Libertar quando a resposta nos leva à fonte originária do nosso ser e de tudo quanto existe. E, em se descobrindo quem nos criou, podemos entender que fomos criados para a felicidade. Esse é o objetivo da criação: a felicidade.

A lei, portanto, a negação do paraíso, é um caminho pedagógico de Deus para re-conduzir a criação ao Criador. Na condição paraíso, nenhuma lei era necessária porque o ser humano era um com o Criador. Porém, dotado de vontade e liberdade, o ser humano fez o caminho do anti-paraíso, buscou suas próprias satisfações, mergulhando numa profunda auto-suficiência, abandonando o projeto criacional de Deus. O pecado original é matriz de todos os outros pecados cometidos pelo ser humano. O batismo apaga esse pecado, mas as suas marcas ficam.

As leituras, deste terceiro domingo da quaresma, são um caminho de retorno à condição-paraíso. A lei, o decálogo, muito mais do que uma imposição, é uma forma de Deus continuar resgatando e amando, conduzindo ao bom caminho. O centro da lei judaica é o cuidado com a vida. E a lei dada pelo Senhor é para a libertação, nunca para a escravidão. Ninguém se escraviza quando serve ao Senhor, porque só pessoas livres o podem fazer. O salmista (Sl 18) nos lembra de que “a lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma”, ainda, “os preceitos do Senhor são preciosos, alegria ao coração”.

Jesus, no Santo Evangelho, tem um cuidado com os lugares de presença do Pai. O templo era, em seu tempo, a maior expressão da presença de Deus. O templo é o lugar do encontro, da Palavra, do culto, da partilha. Porém, estava se tornando uma casa de comércio e de exploração. Vender o sagrado sempre foi uma tentação da humanidade. Na ira de Jesus e no gesto de tomar o chicote, o Cristo revela sua missão: restaurar a casa de Israel. Mas, sua missão não termina por aí: preocupou-se, sobremaneira, com a pessoa humana, lugar privilegiado da presença de Deus. Jesus nos diz do cuidado com a vida, com a pessoa humana na sua complexidade, com o cuidado com a saúde, que é a vida dos povos, fazendo ponte com a Campanha da Fraternidade 2012.

Por fim, São Paulo nos lembra do conteúdo da nossa fé: o Cristo crucificado. Loucura para uns, sabedoria para outros. O convite de olhar para a cruz é perceber um Cristo fidelíssimo à sua missão, também fazer uma leitura do cumprimento da profecia do Cordeiro Imolado para sempre. O sacrifício de Jesus é único e valeu para todas as gerações. Esvaziar a cruz é pregar um Cristo desumano, desencarnado, descomprometido com a vida do seu povo, do seu rebanho. 

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LITURGIA DA PALAVRA - DOMINGO


quinta-feira, 8 de março de 2012

PARABÉNS, MULHERES!


Frei Mário Sérgio, ofmcap

O dia internacional da mulher é marcado por um desejo profundo de igualdade e de respeito aos direitos básicos do cidadão. O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher. Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicar a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.

Verdadeiras mártires dos nossos tempos, essas mulheres continuam gritando por vida mais digna, mais justa, mais respeitada. No século XXI em quem que vivemos quantas conquistas as mulheres já alcançaram. Quantas emancipações! Colhemos os frutos de uma longa caminhada de uma sociedade que tem um desejo de acertar, mas as marcas do pecado social insistem em torná-la uma sociedade fria, machista, assassina, cruel, sem Deus.

A mulher ocupa um lugar muito especial no plano da criação. A ela, Deus concedeu a graça de gerar, de cuidar da vida, de guardar a vida, de continuar o projeto de criação do Pai. Servimo-nos, assim, da Carta às Mulheres, do Beato João Paulo II, para dizer nosso obrigado à mulher-mãe, que se faz ventre do ser humano na alegria e no sofrimento de uma experiência única e que se torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz; à mulher-esposa, que une o seu destino ao de um homem, numa relação de recíproco dom, ao serviço da comunhão e da vida; à mulher-filha e mulher-irmã, que levam ao núcleo familiar, e depois à inteira vida social, as riquezas da sua sensibilidade, intuição, generosidade e constância; à mulher-trabalhadora, empenhada em todos os âmbitos da vida social, econômica, cultural, artística, política, pela contribuição indispensável que dá à elaboração de uma cultura capaz de conjugar razão e sentimento, à edificação de estruturas econômicas e políticas mais ricas de humanidade; à mulher-consagrada, que se abre com docilidade e fidelidade ao amor de Deus; à mulher, pelo simples fato de ser mulher que, com a percepção que é própria da sua feminilidade, enriquece a compreensão do mundo e contribui para a verdade plena das relações humanas (cf. Carta às Mulheres. João Paulo II, 1995).

quinta-feira, 1 de março de 2012

QUARESMA: TEMPO DE SER DIFERENTE


Frei Mário Sérgio, ofmcap

Ser diferente é uma meta perseguida por muita gente. É uma marca do período de afirmação identitária. Mas, pode ser um sinal de imaturidade muito grande quando a compreensão de diferente implica em sempre ser do contra. Na cultura de massificação em que vivemos, convém ser diferente mesmo. Não dá para se deixar ser levado pela onda de violência, de mediocridade, de futilidade, de corrupção, de “bigbrodização”, que grande parte da sociedade já mergulhou.

O cristão é convidado a ser diferente. Sobretudo, “estar no mundo sem ser do mundo”. Não é para fugir das situações cotidianas, mas não abrir mão de valores ensinados pelo próprio Cristo: amor, perdão, compreensão, verdade etc. Mas, o lugar da santificação do Cristão é no meio do mundo mesmo, sem correr, sem fugir, sem beber do veneno da mentalidade que é contra a vida. Ser santo longe das pessoas e dos conflitos, talvez, seja fácil. Ser santo no meio desse mundão que grita contra Deus, contra o evangelho, contra os cristãos, aí sim, é um desafio cotidiano.

Eu sou convidado a ser diferente. Não precisamos forjar uma diferença ou forçar um modo de vida para parecer diferente. A diferença é fruto de uma mudança de mentalidade. Sem essa mudança profunda, jamais seremos verdadeiramente diferentes, mas seremos uma mentira, uma máscara que um dia cairá. A quaresma é um momento propício de tomar consciência do que somos e do que Deus quer que sejamos. Tempo de ir ao deserto de nós mesmos e deixar Deus falar ao nosso coração. E, onde quer que estejamos, precisamos ser o sinal de contradição, precisamos ser diferentes, por causa do Evangelho. 

sábado, 25 de fevereiro de 2012

I DOMINGO DA QUARESMA - ANO B

O dilúvio e o deserto
Frei Mário Sérgio, ofmcap

O primeiro domingo da quaresma traz uma provocação extraordinária para a nossa vivência de fé: o compromisso batismal. As implicações que derivam desse sacramento ainda não foram suficientemente compreendidas pelos cristãos. Na carta de Pedro, o batismo está na perspectiva da graça, da ressurreição e não em função primordial do pecado. É para tomar consciência da ressurreição. A quaresma é o tempo batismal por excelência. É caminho de travessia do árido deserto às terras férteis. É lugar de provação e de tentação. Provação de Deus em relação à nossa fé e às nossas opções e tentação do demônio de nos propor um caminho mais fácil, mais rápido e, certamente, de infelicidades e desencontros.
 
Jesus foi conduzido ao deserto pelo Espírito. No deserto, ficou por 40 dias e foi tentado pelo demônio. Para assumir a missão, Jesus foi provado à exaustão. Precisou discernir o caminho que iria tomar ao sair do deserto, lugar da provação. E agora, serei um messias triunfalista, correndo atrás da fama e do prestígio ou serei um restaurador de vidas no que elas têm de mais vulnerável? Serei pastor de ovelhas ricas e gordas ou irei atrás das pobres, machucadas, desvalidas? Vou para o trono de ouro ou para o madeiro da cruz? Sem dúvida, Jesus fez seu retiro espiritual porque precisa do silêncio para aquietar seu coração. Mas, Deus também silenciou no tempo em que Jesus estava no deserto?

O anúncio de Jesus de Nazaré ecoava naqueles desertos afora: convertei-vos, o Reino já chegou! Sem a devida e dolorosa mudança interior, nunca conseguiremos enxergar a novidade trazida pelo Cristo: o reino está entre nós! Assim, como Noé passou o tempo todo construindo a arca e convidando o povo a uma mudança de vida, de comportamento, de atitudes e não foi ouvido, parece que o anúncio de Jesus também passa pelos mesmos percalços. Jesus, hoje, é cheio de fãs, pelo mundo inteiro; mas, tenho minhas dúvidas se Ele tem muitos discípulos ultimamente.

O dilúvio, portanto, é o lugar das consequências do pecado da humanidade. Foi a falta de obediência (escuta) aos mensageiros de Deus. Foi o espaço da soberba humana que acha não precisar de Deus para nada. Mas, a água da destruição quando vem, arrasa tudo, destrói e devasta. A água sempre toma o espaço que lhe roubaram. Se as águas do dilúvio destruíram e mataram, as águas do batismo regeneram e ressuscitam.

Por fim, em nossa vida concreta, de modo particular nos desafios da Campanha da Fraternidade 2012 – Fraternidade e saúde pública – nosso povo e nós mesmos, passamos por momentos de dilúvios e desertos: um dilúvio de gente nas filas dos postos e hospitais; um dilúvio de irmãos nos corredores, morrendo à míngua sem a atenção devida; um dilúvio de dinheiro público desviado dos projetos para saúde; um dilúvio de necessitados de remédios caríssimos que roubam a pobre aposentadoria dos idosos; e muitas outras situações. Ao mesmo tempo, um deserto de compromisso com o dinheiro do povo; um deserto de dignidade para os doentes, onde todo mundo se sente fraco, vulnerável, desrespeitado... São tantos desertos que nosso povo tem de atravessar para continuar sobrevivendo!Todos os setores precisam de conversão: a igreja, as pastorais, a política, os movimentos, a sociedade em geral. Pensem bem, esses setores somos nós e nossos engajamentos e atitudes! Conversão já! 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

QUARTA-FEIRA DE CINZAS


Frei Mário Sérgio, ofmcap

Como não tornar os momentos fortes da nossa fé, em meras repetições? Gestuais sem sentido, sem conexão com a vida que se vive? Que reflexão propor que ainda ninguém tenha falado, escrito, pregado? As redes sociais não se cansam de anunciar que estamos no tempo de quaresma, portanto, de conversão, de mudança, de transformação. Mas, qual o efeito de tudo isso na vivência da fé cristã?

As leituras desta quarta-feira de cinzas apontam para um mesmo caminho: as práticas silenciosas da piedade cristã. Ora, pensar em silêncio quando o mundo só pensar em publicar? No mundo do marketing, das técnicas de melhor aproveitamento das redes sociais para vender um produto, tem sentido esconder as coisas da fé? Então, de qual escondimento fala a Sagrada Escritura?

Na primeira leitura (Joel 2.12-18) surge o primeiro escondimento: “rasgai o coração, e não as vestes, e voltai para o Senhor, vosso Deus” (v.13). O perigo de associar a prática religiosa ao espetáculo sempre foi uma tentação presente na Bíblia. O ato que querer aparecer como alguém de piedade, de devoção, de contrição, assim, gozando de um prestígio junto à comunidade, pode tornar a religião, apenas, um ato social que não muda nada, nem ninguém, apenas servindo de controle social. É uma religião, sem dúvida alguma, vazia, estéril, sem frutos. Por isso, o apelo para rasgar o coração (interioridade) e não as vestes (exterioridade), expressa o desejo de Deus para os crentes: mudança interior, sincera, verdadeira, maturada e profunda.

No salmo, aparece outro escondimento: “O meu pecado está sempre à minha frente” (50(51), 2). Importante nunca perder a dimensão do pecado em nossas vidas. Ter o pecado à frente, não é viver um eterno complexo de culpa, até porque a culpa teológica não é culpa psicológica. Culpa teológica é consciência do bem que deveria fazer e não se fez. Culpa psicológica é uma sensação angustiante de uma consciência de um erro, que pode ser real ou virtual. Num mundo onde a noção de pecado se perde a cada dia, as barbáries se tornam mais assustadoras, o individualismo gritante cresce, o secularismo se esparrama, e toda sorte de maldades tomam conta da sociedade. Sem noção de pecado, posso fazer o que quero, mesmo que isso implique a destruição de si mesmo, do mundo, do outro.

O Evangelho (Mateus 6,1-6.16-18) traz três atitudes/práticas que alicerçam a vida do crente em Deus porque todas exigem uma saída de si em direção ao outro. Porém, o próprio Jesus exorta ao escondimento de suas práticas. Exorta ao silêncio que deve acompanhar cada uma delas. A esmola deve ser dada sem tocar a trombeta; a oração deve ser feita no silêncio do quarto; e o jejum deve ser feito com cabeça lavada num cheiroso perfume. A esmola não é para o meu engrandecimento, a oração não é para a minha vaidade e o jejum não é para minha soberba. É interessante a linha tênue entre o bem que se deve fazer e o mal que se faz ou que aparece travestido de boas intenções.

Jesus sempre se preocupou com a intenção do coração humano. A religião não pode servir de canal para o extravasamento das vaidades, das soberbas, do engrandecimento de si próprio, da auto-incensação e toda sorte de outros venenos. Religião é para humanizar a pessoa. Por isso, o melhor exercício de humanização que a religião apregoa é o cuidado concreto com o outro, seja ele quem for e em qual situação estiver. É um exercício constante do Bom Samaritanismo! Assim, o Evangelho nos aponta três caminhos: esmola, oração e jejum.

A segunda leitura (II Coríntios 5,20-6,2) é sempre a experiência das comunidades da riqueza do antigo testamento, com o novo trazido por Jesus. O convite que Paulo faz aos Coríntios é: “Deixai-vos reconciliar com Deus” (v.20). Reconciliar? Sim! O pecado, isto é, a falta de amor, afasta a pessoa de Deus, não Deus da pessoa, que isso fique bem claro! Reconciliar é voltar à amizade com Deus! Paulo continua, “não recebam em vão a graça de Deus” (6,1). O caminho quaresmal é um convite aos peregrinos de ontem e de hoje: pela esmola, pelo jejum e pela oração, construiremos uma relação mais profunda com Deus e transformaremos as relações interpessoais.

Não podemos ficar protelando nossas atitudes, nossas mudanças. As cinzas de hoje nos lembram da vulnerabilidade da nossa vida. Não temos todo o tempo que pensamos que teremos. É a grande ilusão do ser humano: achar que terá tempo para tudo e não se preocupar em fazer o bem que se deve fazer. Por isso, São Paulo exorta: “É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação” (6,2). A quaresma só está no início. Vamos aproveitar esse tempo favorável para uma mudança interior, silenciosa, discreta, mas que tenha reflexos claros na vida dos mais necessitados e na comunidade de fé, transformando a mundo numa espaço de uma saudável convivialidade. 

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LEITURAS:
  1. Primeira leitura - Jl 2,12-18
  2. Segunda leitura - 2Cor 5,20-6,2
  3. Salmo - Sl 50
  4. Evangelho - Mt 6,1-6.16-18

domingo, 12 de fevereiro de 2012

ESTUDO BÍBLICO - 6º Domingo do TC

6º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Frei Mário Sérgio, ofmcap

SITUANDO AS LEITURAS:
·         A cura do leprosos prolonga a manifestação do Filho de Deus e revela sua identidade
·         A fé do homem enfermo leva a confessar o poder de Jesus
·         A problemática dos doentes no tempo de Jesus
·         A lei cruel do puro e do impuro
·         Relação religião, exclusão social/espiritual e órgão regulador de saúde

RECORDANDO A PALAVRA:
·         Jesus não exita em curar. Ele é o portador da salvação do Pai
·         A cura é o encontro do puro (Jesus) com o impuro (enfermo)
·         A cura tem um aspecto sacramental: gestos, palavras
·         Jesus cura e se preocupa com a re-inserção social: manda o curado procurar o sacerdote para legitimar (sócio-religiosamente) e voltar à vida normal
·         Segredo messiânico: Jesus não queria ser confundido com o messianismo popular. O messianismo de Jesus: passa pela cruz e pela identificação com os excluídos.

ATUALIZANDO A PALAVRA:
·         O que é ser discípulo missionário diante desse evangelho?
·         Ser cristão vai além do viver um rol de preconceitos morais
·         Quem são os leprosos da nossa sociedade? O que é lepra em nossa sociedade? Quais são as minhas lepras pessoais?
·         Atitude do BOM PASTOR e nosso desafio pastoral: ir ao encontro das ovelhas feridas, doentes, machucadas

LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO LITÚRGICA:
·         A eucaristia é o encontro do puro (Deus) com os impuros (humanidade). É o alimento dos fracos!
·         A comunidade de fé faz a mesma experiência do homem purificado: aproxima, suplica e sai tocada pela força do sacramento (Palavra e Eucaristia)

DICAS LITÚRGICAS:
·         Que o ato penitencial expresse a manifestação e a misericórdia do Pai
·         A oração eucarística VI-D “Jesus que passa pelo mundo fazendo o bem” é a melhor opção. Une as mesas.
·         Algum gesto para com os doentes da comunidade? Qual?
Fonte: Roteiros homiléticos – Projeto “O Brasil na missão continental” – Nº 19.

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LEITURAS BÍBLICAS DESTE DOMINGO:

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

FOTOS DA POSSE NA PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO - FEIRA/BA



PRONUNCIAMENTO DA POSSE

Meus queridos irmãos e irmãs! Querido ouvinte da Rádio Sociedade! Queridos romeiros e romeiras, devotos de Santo Antônio! Excelentíssimo Dom Itamar Viana! Querido Ministro Provincial, Frei Rubival Cabral! Saúdo o guardião do nosso Convento e nele todos os demais confrades, Frei Elenilson Pereira. Saúdo também ao Frei Luiz Alberto, pároco cessante.
No meu comunicado de transferência ao Povo querido e amado de Salvador, eu dizia: se vocês me amam, deixe-me partir! Entrei na Ordem dos Capuchinhos por amor à missão. E, tenho certeza absoluta que só serei feliz vivendo essa itinerância. Ao receber o convite do Provincial para assumir a Paróquia de Santo Antônio, confesso que senti um frio na barriga, afinal, não passava pelos meus projetos pessoais. Mas, Deus tem seus caminhos e com oração e muito diálogo, construímos, juntos, um discernimento e eu disse para Frei Rubival: eis-me aqui, envia-me! Desde já, agradeço aos amigos que vieram em caravanas de Salvador prestar essa homenagem a mim, mesmo com a violência que assola nosso Estado!
Chego a esta paróquia com a experiência de cinco anos a frente da Igreja da Piedade, a mãe de todas as nossas igrejas da Bahia e Sergipe. Amo a pastoral e o Povo de Deus. Mas, trago neste momento, apenas, meus ouvidos e meus olhos: quero ouvir o maior número de agentes de pastoral, do Povo de Deus, dos confrades, do nosso bispo, do clero; e quero observar a caminhada da paróquia e da arquidiocese antes de qualquer coisa.
Comprometo-me em cuidar de cada ovelha que o Senhor me confiar e não deixar nenhuma delas se perder. Terei um olhar carinhoso para a juventude, para as vocações e para a família. Mas, sobretudo, vamos continuar o trabalho desenvolvido pelos confrades ao longo dos tempos aqui nesta paróquia.
Agradeço ao Frei Beto pelo carinho, pela atenção, pela transparência e pela lucidez com que fizemos a nossa transição. Frei Beto o povo de Feira de Santana te ama! E essa casa sempre estará de portas abertas para acolhê-lo o dia a hora que você desejar ou precisar!
Ao querido Dom Itamar Vian, meu agradecimento especial e um pedido: ajude-me a ser pastor, segundo o Coração de Jesus. Quero ajudar este arquidiocese no quer for necessário e naquilo que Nosso Senhor me capacitou. Nossa paróquia caminhará profundamente unida ao projeto pastoral arquidiocesano.
Aos queridos romeiros e romeiras, certamente continuaremos o belíssimo trabalho desenvolvido por Frei Beto e terei a oportunidade de encontrá-los pessoalmente para abraçá-los e firmar nossa parceria rumo à construção do reinado do Senhor. “Salve, salve a caminhada, salve, salve a romaria, em busca de uma nova aurora, de um novo dia”.
Aos que vieram de longe e de perto, aos meus familiares e amigos, muito obrigado pela presença de cada um de vocês!
Meus queridos paroquianos e paroquianas, por fim, eu já os acolhi como minha nova família. Espero contar com as orações de todos vocês, com a acolhida, com a disponibilidade de cada um. O que tiver ao meu alcance, não pouparei esforços em realizar! Ajudem-me a ser padre e pastor e eu os ajudo a ganhar a vida eterna!

Frei Mário Sérgio, ofmcap
Feira de Santana, 05 de fevereiro de 2012