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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Kiki Joachin: braços abertos para a esperança

Kiki Joachin: braços abertos para a esperança

O terremoto do Haiti, nesses últimos dias, ocupou o noticiário internacional. A imprensa sensacionalista não deixa de tirar proveito da miséria alheia, em nome de uma pseudo-informação. O mundo inteiro se mobiliza para ajudar as vítimas, os coitadinhos. A solidariedade aflora em todos os rincões da humanidade. Como sempre, a tragédia unindo os povos. Mas, a política internacional, que sempre encontra um modo de ganhar com toda e qualquer situação, começa a apontar nações que querem mandar no cenário haitiano e sobressair como o anjo de resgate daquele povo sofredor. Controle do tráfego aéreo, envio de milhões de dólares e, quem sabe, uma neo-colonização. O Brasil também quer seu status da nação-mãe. Nosso efetivo militar está pronto para dobrar o número de heróis, se preciso for.
A última coisa que o povo haitiano queria, para o mundo solidarizar-se com ele, era de uma destruição de tamanha magnitude como a que estamos presenciando. Famílias inteiras acabaram; asilos foram destruídos, creches e escolas se tornaram uma verdadeira sepultura de pessoas inocentes, sonhadoras e desejosas de dignidade respeitada. Uma autoridade do país destruído ainda teve a coragem de dizer: “a tragédia foi boa, assim o mundo olha para nós!”. Até quando o mundo vai manter uma política econômica que mata milhares de irmãos de fome todos os dias pelo mundo afora? Até quando a humanidade ficará esperando catástrofes para abrir o bolso e ajudar os coitadinhos, onde quer que haja necessidade? Parece que o velho Hobbes tinha razão: o homem é lobo do outro homem.
Mas, uma cena de resgate marcou-me profundamente. Milagre da vida! Um fio de esperança dentro do caos. Um garoto passou oito dias debaixo dos escombros, sem comer, sem beber, sem ver a luz do sol, distante dos pais, da família. Mas, certamente, não estava esperando a morte chegar. Kiki Joachin, de oito anos, quando foi resgatado, no último dia 20, saiu de sua possível sepultura de braços abertos e gritando em favor da vida. Todos se emocionaram e gritaram enlouquecidamente. Nem tudo está perdido. Onde há vida, há esperança! Esse garoto nos lembra uma coisa: há um Haiti dentro de nós, perto de nós. Desliguemos nossas TVs, nossos computadores e olhemos ao nosso redor... Há muitos “Kikis” de braços abertos esperando nossa solidariedade, não nossa esmola, mas nossa capacidade de resgatar-lhes suas dignidades vilipendiadas.

http://www.youtube.com/watch?v=9sZDahV0A1o&feature=player_embedded

2 comentários:

  1. As pessoas olham muito para o proprio umbigo. Ao passar pelas ruas veem inumeros seres humanos como nós, que mendigam por algo para comer, mas não se sensibilizam, ate porque essas situações ja ficaram banalizadas. No entanto, ao ver uma tragedia mostrada na midia, se comove e não entende que para mudar o mundo pra melhor não é preciso começar fazendo grandes coisas, mas sim muitos fazendo pequenas coisas. Temos que aprender a olhar ao nosso redor e ver quem realmente precisa, sem ficar buscando isso com o sensacionalismo da midia.

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  2. Tudo hoje é capitalizado, mesmo os nossos sentimentos. E nem todo mundo está disposto a refletir sobre isso... que bom que criou este espaço! Um abraço, Nine.

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