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FOTOS QUE EVANGELIZAM

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Catástrofes e imagem de Deus

O ano de 2010 começa marcado por várias manifestações da natureza. Trágicas? Catastróficas? Apocalípticas? O noticiário se encarrega de adjetivá-las. Eu prefiro ficar do lado do espectador, observando. Sem dúvida alguma, assombrado, mas sem tirar os olhos dos fenômenos. Vidas e mais vidas ceifadas. Povos desesperados, famintos, sedentos, desesperançosos. Os cientistas, estudiosos e intelectuais das mais diversas áreas teorizam sobre os ocorridos. O aquecimento global é apontado como o grande vilão da história, mas já se fala de esfriamento global. Teorias se multiplicam aos milhares. Quando as encostas deslizam, começam a procurar culpados. Governantes descomprometidos com a população? Seria o povo imprudente, que constrói suas casas em lugares de riscos? Enfim, mais teorias.
No meio das teorias, ainda surgem religiosos, das mais diversas confissões e credos, que sempre encontram uma maneira de tirar proveito da situação. Profecias são lembradas, outras inventadas, outras ainda nascem no calor dos acontecimentos. Alguns se assustam, outros se revoltam, outros dão risadas, outros se ofendem, outros ainda confirmam suas teses de que religião é coisa de gente maluca e alienada. E eu continuo no lugar do espectador, observando.
Parece-me que uma pergunta não quer calar: e Deus, onde fica em tudo isso? Omisso, indiferente, sensível ou misericordioso? O que me faz pensar, quando se lança essa pergunta é: o que essa pessoa pensa sobre Deus? Sim, porque se pode criar uma imagem falsa, projetada, distante do que Deus é. Como cristão, acredito no Deus revelado. O que Deus é e não pode não Ser, já foi revelado. Quando o Senhor se comunicou com Moisés pela primeira vez, Ele disse: “Eu vi muito bem a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor contra seus opressores, e conheço os seus sofrimentos. Por isso, desci para libertá-lo do poder dos egípcios e para fazê-los subir dessa terra para uma terra fértil e espaçosa, terra onde corre leite e mel”. (Ex 3, 7-8). Não consigo pensar numa imagem de Deus diferente dessa de Moisés e que atinge sua plenitude em Jesus de Nazaré: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
Nesse Deus eu creio e por Ele dei a minha vida. O que nos resta é cuidar da vida, da natureza e da nossa fé. Assim, não seriam necessárias catástrofes para que a humanidade exercite a solidariedade e a partilha, pois esse seria o nosso modo de ser e não a nossa exceção. Pensemos nisso!

2 comentários:

  1. Gostei muito da reflexão.E ainda existem pessoas que procuram uma teologia estranha às Escrituras para "isolar" Deus da regência da história.

    Grasiela.

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  2. Frei, sei que pesquisa sobre a vida de irmã Dulce, gostaria de saber novidades sobre a sua Beatificação.
    annefab@hotmail.com
    Obrigada e que Deus de abençoe.

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