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FOTOS QUE EVANGELIZAM

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SEMANA DA FAMÍLIA 2014

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Abertura do programa de rádio das 16h as 17h

O nosso coração reviverá

Frei Mário Sérgio, ofmcap

O salmo 68(69) tem um versículo que diz: “O vosso coração reviverá se procurardes o Senhor continuamente”. O que faz um coração morrer, no sentido espiritual, existencial, emocional, dentre outros fatores? O coração morto é uma metáfora dos problemas que nos abalam, das calúnias que nos ferem, das dificuldades que nos sobrecarregam, da família desestruturada, do casamento frustrado, dos filhos nas drogas ou afastados de Deus, do desemprego, das doenças e enfermidades e muitas outras coisas.

O salmista, certamente, alguém experimentado no sofrimento, mas dotado de uma fé profunda e amadurecida, descobriu o segredo da superação dos tormentos que lhe afligiam: procurar o Senhor! E foi isso que ele fez! A fé nos possibilita um mergulho na vida de Deus. A fé é um bálsamo que nos alivia as feridas que doem em nosso corpo e em nossa alma. Mas, se permitimos que o Senhor, pela ação do Santo Espírito, inflame o nosso coração de paz, de serenidade, de paciência, de alegria, então, entendemos o que o salmista experimentou em seus momentos de dificuldades: o coração reviverá.

Não importa o tamanho da dor, nem a profundidade da ferida, Deus pode nos curar e nos libertar, basta que lhe abramos o coração e deixemos nossa fé nos conduzir até o Coração Dele. Quem tem fé, não pode se desesperar diante dos problemas. Quem tem fé, por mais que sofra, já é um vencedor. Quem tem fé, mesmo que seja do tamanho de um grão de mostarda, pode realizar o impossível. A minha dor, o meu sofrimento, as minhas feridas, os meus problemas, as minhas decepções, não podem me abalar. Quem tem fé, tem uma certeza: Deus fará o meu coração reviver pelo poder da oração.

Sei que tem muita gente me ouvindo nesse momento, rezando comigo, chorando por seus problemas, mas o mesmo salmo 68(69) dirá num outro versículo: “Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus!”. Peçamos ao Deus da vida que nos levante de nossa depressão, de nossas fraquezas, de nosso leitor de dor, de nossas feridas interiores. Que cada um de nós possa se abrir à restauração para que o nosso coração possa reviver no Senhor! Que Deus nos dê a sua graça e a sua paz, hoje e sempre! Amém!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Abertura do programa de rádio - segunda-feira das 16h às 17h - www.am840.com.br


Quero mudar!

Frei Mário Sérgio, ofmcap

Toda pessoa, em dia qualquer da vida, pronunciou essa frase: quero mudar! Mas, o tempo passou, a vida seguiu, os problemas continuaram, a vida foi se abrindo cada vez mais, e nada de mudança. Ainda somos os mesmos! Mudar, muitas vezes, é colocar o machado na raiz e cortar. Por isso, não temos coragem de mudar porque dói. Toda mudança é dolorida, mas ela precisa acontecer. Quem não muda, não cresce!

A sabedoria consiste em saber o que se deve ou não mudar em nossa vida. Tem coisas que nunca deveriam mudar, mas outras que nunca deveriam ter acontecido. Enfim, cada um sabe o que precisa cortar em si, o que precisa podar, o que precisa mudar. O grande inimigo da mudança é o medo do diferente! Muitas vezes, o problema me machuca, o sentimento me machuca, a situação que vivo me machuca, mas eu me acostumei, com isso, e prefiro a segurança da dor à insegurança da liberdade.

Será que você está contente com tudo que tem acontecido em sua vida? Se você tivesse coragem de mudar, o que você mudaria? Se ainda não conseguiu, o que está lhe aprisionando? Mudar não é luxo, é necessidade! Comece percebendo o que precisa mudar, depois faça um discernimento sincero para não jogar fora o que ainda lhe faz bem e lhe é útil, mas quando tiver decidido sobre a mudança, não pense mais duas vezes, mude e pronto! Quem não tem a coragem de mudar é um fraco! Mas, mesmo assim ainda tem jeito. Quem nunca quer mudar, é um covarde!

Talvez uma simples mudança seja o segredo da sua felicidade! Pelo menos, tente! Tome coragem, enfrente seus medos, pondere suas perdas, corra os riscos necessários da mudança, mas invente uma vida nova para você! Nesse processo de mudança, nunca estaremos sozinhos, pois temos a Graça de Deus que nos transforma quando deixamos Ele agir em nossa vida. Abandone-se em Deus, na força do Santo Espírito e mude o que precisa mudar em sua vida. Lembre-se: sua felicidade pode estar esperando, apenas, essa mudança que já tem demorado muito.

domingo, 23 de outubro de 2011

Reflexão da liturgia domincal - Sobre o amor ao próximo

Ágape

Frei Mário Sérgio, ofmcap

A língua portuguesa traz algumas dificuldades para a compreensão de certas passagens bíblicas. Embora sejamos a língua dos adjetivos e sinônimos e antônimos, e isso complica a vida dos estrangeiros que a estuda, aos autóctones, nem se fala. Assim, o Evangelho de hoje, 30º do tempo comum, traz uma assertiva do Mestre da qual ninguém pode escapar de sua vivência, sob pena de não ser considerado cristão: o amor a Deus e ao próximo.

É aqui que a língua trava: na palavra amor. Usamo-la para tudo, quer sejam objetos, pessoas, sentimentos, afetos, na sexualidade também. “Eu te amo” é uma expressão que todos duvidam quando a ouvem, direcionada a si, por outrem. Sempre brincamos: hum, sei não! O verbo amar é muito desgastado porque usamos para inúmeras situações: amamos o cachorro, o carro, a casa, alguém, aos pais, aos amigos, e a lista não pararia.

Jesus, hoje, nos diz: “Amarás o Senhor teu Deus...” e depois diz: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22,37-38). De que amor Jesus está falando? Percebe, em português não quer dizer muita coisa! O grego tem 3 palavras para significar amor: ágape, Eros e filia. São formas distintas de amar. Eros é o amor entre os diferentes, o amor do desejo, da pulsão de vida, o amor da sexualidade, que faz a energia do corpo circular, que une o homem à mulher. Sem o Eros, ficamos depressivos! Filia é o amor entre os pares, entre iguais, é o amor fraterno. É o amor que ama porque gosta, simplesmente! Amor de afeição, porque o outro me faz bem, sua presença alimenta meu espírito. Ágape é o amor sublime por excelência, é o amor divinal, é o amor do compromisso, é a forma de Deus amar a humanidade. Por isso, a eucaristia, nos primórdios, era chamada de ágape fraterno. Esse amor dispensa afeição, dispensa desejo, dispensa reciprocidade, dispensa tudo porque ama pela consciência de se é vocacionado para amar e se eu não amar eu me desumanizo.

Vamos ao grego! Qual é a forma de amor a que Jesus se refere nesse texto bíblico de hoje? Sem dúvida alguma: ágape! Segue o original: “O DE EPHÊ AUTÔ AGAPÊSEIS KURION TON THEON SOU EN OLÊ TÊ KARDIA SOU KAI EN OLÊ TÊ PSUKHÊ SOU KAI EN OLÊ TÊ DIANOIA SOU” (Mt 22,37). Viu, ele usou ágape! Depois, ele se dirige ao segundo mandamento: DEUTERA DE OMOIA AUTÊ AGAPÊSEIS TON PLÊSION SOU ÔS SEAUTON (Mt 22,39).

De posse dessa informação lexical, nosso compromisso aumenta mais ainda. Jesus não pede para ninguém sentir desejo pelo outro (Eros), nem se sentir amigo do próximo (filia), mas nos exige que o enxerguemos como Filho de Deus, que precisa da nossa ajuda, do nosso testemunho, de nossa vida doada. É para amá-lo independente do que o outro represente para mim. Ágape é o grande desafio de ser cristão! É a forma de amar que mais me aproxima de Deus, porque é amar por amar, sem nada exigir, sem olhar cor, etnia, condição social, religião.

Por isso, falei que nossa língua, nesse sentido, não nos ajuda a entender o texto bíblico. Espero que essa reflexão tenha lhe ajudado a entender a exegese de hoje. Um forte “ágape” para todos!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Refletindo sobre música católica


Compor para evangelizar

Frei Mário Sérgio, ofmcap

Que a música mensagem tem ganhado um espaço incrível na grande mídia, isso não tem sido novidade para os mais atentos. Fora os aspectos mercadológicos que envolvem tal ascensão, podemos nos alegrar por termos galgado tamanho espaço. Nossa musicalidade se profissionaliza a cada dia. Nossos músicos têm buscado mais a formação técnica. Nossos arranjos demonstram certa maturidade na sua concepção. Mas, corremos um grande risco: as letras vazias. 

Letras vazias? Como entender isso, dentro de um contexto de evangelização? Penso que a primeira pergunta a se fazer é: a que se propõe a música no processo de evangelização? Se tivermos a coragem de encarar esse questionamento, certamente, não será difícil entender o porquê das letras vazias. Se a música é para evangelizar, ela se torna canal de algo e de alguma coisa. Toda música para evangelizar deve ser querigmática, isto é, deve anunciar a grande verdade da nossa fé: o mistério pascal. Se o compositor prescindir desse ponto de partida, comporá uma canção vazia. 

Outro aspecto, extremamente, importante é fazer a canção beber das fontes da Sagrada Escritura. Como posso evangelizar sem o fundamento da Palavra? Uma boa canção é sempre uma forte mensagem. A função de quem compõe é emprestar sua sensibilidade para o Espírito soprar sua melodia. Compositor que não reza, que não tem intimidade com a Palavra, pode até compor bonito, mas não compõe bem. A música de quem não reza pode ser, tecnicamente, perfeita, mas nunca será querigmática, porque ela só é humana. 

Ainda, nunca deixar de lado o Magistério da Igreja. Ouvir o que a Igreja tem a dizer e traduzir isso em canções. Eis a missão do compositor católico! Não posso compor o que quero, senão compor o que a Igreja ensina. Quando a letra tem uma forte carga sentimentalista, intimista, individualista, pode denotar que está faltando conteúdo ao compositor. É o caminho mais fácil para a composição. Qual é o risco? Letras vazias!

Então, o segredo da composição de letras católicas é esse: ouvir a Igreja sempre! É preciso compor com a consciência de que sou portador de uma mensagem que não me pertence e que me exige estudo, pesquisa, dedicação, escuta, oração e unção. Existem muitos talentos para a composição de letras católicas, talvez lhes falte conteúdo doutrinal. Quem muito sabe, simplifica. Quem pouco sabe, dificulta. Penso que uma palavra-chave para quem compõe é humildade. Saber ouvir, aceitar correções, ter disciplina e planejamento de leitura das verdades da nossa fé. Não basta ter talento, é preciso saber usá-lo com as ferramentas adequadas. Que surjam novos compositores no cenário católico de nossas comunidades e movimentos. Será o caso de se pensar em mini-cursos de teologia voltados para a área de música, de composição? É para refletir!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Abertura do programa de rádio - segunda-feira das 16h às 17h - www.am840.com.br

OS CASADOS NÃO PODEM DEIXAR DE SE FALAR...
1. Bela a história de um longo casamento! Anos de convivência, experiências de vida, mãos que se apoiaram, vidas que se uniram,  homem e mulher que caminharam ao longo da vida sob o olhar do Senhor... O casamento e a família são realidades em constante estado de crescimento e de construção. Nada está feito, tudo precisa ser refeito.  Duas histórias, duas vidas, tão diferentes. Ele e ela, seus sonhos, seus traumas, seus acertos e desacertos, suas buscas e suas acomodações, seus cansaços e suas lentidões... E os que se casam vivem em estado de diálogo. Não vivem tagarelando, mas estão sempre atentos ao vem e vai , ao vai e vem de um lado para o outro, de uma vida para a outra, no respeito, na discrição, na vontade de que o outro atinja os píncaros do “humanismo” e da santidade.  Casamento: empreitada para pessoas valentes!
2. Há um momento importante na história de um casal. Ele e ela se conheceram e, quando as coisas chegaram a um certo amadurecimento, se escolheram. Resolveram optar um pelo outro. Colocaram o amanhã de seus dias na força de um sim, compromisso alegre, de entrega de historias que se transformariam na história do casal, sem fusão nem confusão, mas na construção da unidade na diversidade. Tudo isso para que, no fim da estrada, um pudesse dizer ao outro: “Nós soubemos nos amar...”.
3. Sim, diálogo não quer dizer falar, falar, falar o tempo. Irritar, enervar, exasperar. Não se trata de jogar conversa fora.  Entre marido e mulher há a tônica constante da abertura dialogante, uma vontade de entrar em comunicação. Falta de tempo, inexperiência, imaturidade fazem com que muitos casais se fechem.
4. Há um diálogo nas coisas de todos os momentos, um diálogo sem palavras nos gestos de ternura e na entrega dos corpos, um diálogo simplesmente quando um está perto do outro sem falar. De outro lado,  há revisões periódicas da vida conjugal e familiar que precisam ser feitas. Os que se estimam não vão jogando para debaixo do tapete aquilo que precisa ser delicada e urgentemente  resolvido.  Parece fundamental que o casal não converse apenas sobre os filhos, o trabalho e a família, mas sobre seu bem querer, os perigos que espreitam a caminhada, a qualidade de sua união.
5. Cada pessoa é um mistério. Para que os relacionamentos sejam bons e fecundos, no casamento como em outros âmbitos, precisamos de pessoas que visitem o seu interior. Pessoas vazias, todos esses que vão se derramando nas coisas, os que pensam pela televisão, sem entrar no âmago de nada, não têm o que falar.  Não basta apenas o diálogo sobre coisas imediatas: a cozinha, a geladeira, a compra da casa, os mosquitos no fundo do quintal.  As pessoas sem interioridade não constroem o casamento. Há um momento em que se dão conta de não terem nada a dizer um ao outro.  Continuam por continuar. Casamentos sem brilho!
6. As pessoas, com efeito, não precisam fazer discursos, nem declarações de amor a cada instante. Os dois, marido e mulher, vivem em estado de cumplicidade:  conversam sobre o dia que chegou quente, resolvem juntos plantar gerânios, observam que o filho vai fazer a primeira barba, encantam-se com a velha mãe e sogra que lhes traz uma cuca de banana para o café de domingo à tarde.  Os casados dizem essas coisas simples de todos os dias. Dizem ou vivem. Devem também poder exprimir o que se passa em seu interior. Por vezes serão exclamações de contentamento. As pessoas se declaram felizes. Outras vezes há medos e apreensões com relação ao presente e ao futuro da união dois e da vida familiar.
7. Sim, normalmente falando no casamento não são necessárias solenes declarações de amor a cada esquina da vida.   Em alguns momentos, porém, será necessário colocar gestos que exprimam o bem querer: o segurar a mão do outro, a realização do encontro dos corpos como comunhão de vida e sacramento de um amor, uma oração dos dois, diante do Cristo Senhor. Esses gestos falam mais do que discursos.
8. Por vezes, certos casais que vivem na casa dos pais ou dos sogros, sem liberdade, sem privacidade não tem  espaço para serem eles menos...Anos a fio vão se distanciando... Chega um momento em que o casal se dá conta que nada foi feito, que a conjugalidade não foi construída e que os dois estão no ponto zero, cheios de mágoas e de arranhões.  Quem casa quer casa, diz o ditado.
9. O casal que deseja crescer como casal diante dos homens e diante de Deus viverá em clima de diálogo, de abertura, de acolhida, de dom, de vontade de começar tudo de novo como se pouco ou nada tivesse sido feito. (Frei Almir Ribeiro).

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

São Francisco de Assis

Legenda dos três companheiros - capítulo 17

Depois de vinte anos desde que aderira a Cristo, seguindo a vida e os vestígios dos apóstolos, Francisco, o varão apostólico, no ano 1226 da Encarnação do Senhor, no dia quatro de outubro, um domingo, migrou com a maior felicidade para Cristo, conseguindo a vida eterna depois de muitos trabalhos, apresentando-se dignamente diante do seu Senhor. Um de seus discípulos, famoso por santidade, viu sua alma subir diretamente ao céu como uma estrela do tamanho da lua, e quase tão brilhante como o sol. De fato, tinha trabalhado muito na vinha do Senhor, solícito e fervoroso nas orações, nos jejuns, nas vigílias, nas pregações e nas viagens de salvação, no cuidado e na compaixão do próximo e na abjeção de si mesmo, desde o começo de sua conversão até sua transmigração para Cristo, a quem amara de todo coração, mantendo assiduamente sua memória na mente, louvando-o com a boca e glorificando-o com obras frutuosas. Tinha um amor tão fervoroso e profundo por Deus que, ouvindo falar seu nome, todo derretido interiormente, prorrompia externamente dizendo que o céu e a terra deveriam inclinar-se ao nome do Senhor.

O próprio Deus, querendo mostrar ao mundo inteiro o fervor desse 017-28set .jpgamor e a perene memória da paixão de Cristo, que ele trazia em seu coração, honrou-o magnificamente, ainda em vida, com a admirável prerrogativa de um singular privilégio. Pois, como era elevado a Deus pelos ardores seráficos dos desejos, e se transformava por uma doçura compassiva naquele que por enorme caridade quis ser crucificado, certa manhã, perto da festa da Exaltação da Santa Cruz, quando estava orando num lado do monte chamado Alverne, dois anos antes de sua morte, apareceu-lhe um rosto do Senhor Jesus. 

Com duas asas cobria a cabeça, com duas o resto do corpo até os pés, mas as outras duas se estendiam para voar. Quando a visão desapareceu, ficou em sua alma o admirável ardor do amor, mas em sua carne apareceu mais admirável a impressão dos estigmas do Senhor Jesus. O homem de Deus procurou ocultá-los como pôde até a morte, não querendo publicar o sacramento do Senhor, embora não conseguisse escondê-los absolutamente, sem que fossem conhecidos pelo menos por seus familiares.

Mas depois de seu felicíssimo trânsito, todos os irmãos presentes e muitíssimos leigos viram perfeitamente seu corpo ornado com os estigmas de Cristo. Pois distinguiam em suas mãos e pés não os furos dos cravos, mas os próprios cravos formados por sua carne e inatos em seu corpo, também com o negrume do ferro. O lado direito, como que transpassado pela lança, mostrava uma cicatriz vermelha de verdadeira e evidente chaga, donde muitas vezes em vida vertia sangue sagrado. A verdade inquebrável desses estigmas apareceu claramente em sua vida e na morte pela visão e pelo contato demonstradíssimo, mas o Senhor quis manifestar mais claramente essa verdade também depois de sua morte, por muitos milagres manifestados em diversas partes do mundo. Por causa desses milagres, muitos que não haviam julgado retamente acerca do homem de Deus, e tinham posto em dúvida seus estigmas, chegaram a tanta certeza de fé que, se antes haviam sido seus detratores, pela bondade atuante de Deus e compelidos pela verdade, tornaram-se louvadores e anunciadores fidelíssimos dele.