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FOTOS QUE EVANGELIZAM

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SEMANA DA FAMÍLIA 2014

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Abertura do programa de rádio - segunda-feira das 16h às 17h - www.am840.com.br

OS CASADOS NÃO PODEM DEIXAR DE SE FALAR...
1. Bela a história de um longo casamento! Anos de convivência, experiências de vida, mãos que se apoiaram, vidas que se uniram,  homem e mulher que caminharam ao longo da vida sob o olhar do Senhor... O casamento e a família são realidades em constante estado de crescimento e de construção. Nada está feito, tudo precisa ser refeito.  Duas histórias, duas vidas, tão diferentes. Ele e ela, seus sonhos, seus traumas, seus acertos e desacertos, suas buscas e suas acomodações, seus cansaços e suas lentidões... E os que se casam vivem em estado de diálogo. Não vivem tagarelando, mas estão sempre atentos ao vem e vai , ao vai e vem de um lado para o outro, de uma vida para a outra, no respeito, na discrição, na vontade de que o outro atinja os píncaros do “humanismo” e da santidade.  Casamento: empreitada para pessoas valentes!
2. Há um momento importante na história de um casal. Ele e ela se conheceram e, quando as coisas chegaram a um certo amadurecimento, se escolheram. Resolveram optar um pelo outro. Colocaram o amanhã de seus dias na força de um sim, compromisso alegre, de entrega de historias que se transformariam na história do casal, sem fusão nem confusão, mas na construção da unidade na diversidade. Tudo isso para que, no fim da estrada, um pudesse dizer ao outro: “Nós soubemos nos amar...”.
3. Sim, diálogo não quer dizer falar, falar, falar o tempo. Irritar, enervar, exasperar. Não se trata de jogar conversa fora.  Entre marido e mulher há a tônica constante da abertura dialogante, uma vontade de entrar em comunicação. Falta de tempo, inexperiência, imaturidade fazem com que muitos casais se fechem.
4. Há um diálogo nas coisas de todos os momentos, um diálogo sem palavras nos gestos de ternura e na entrega dos corpos, um diálogo simplesmente quando um está perto do outro sem falar. De outro lado,  há revisões periódicas da vida conjugal e familiar que precisam ser feitas. Os que se estimam não vão jogando para debaixo do tapete aquilo que precisa ser delicada e urgentemente  resolvido.  Parece fundamental que o casal não converse apenas sobre os filhos, o trabalho e a família, mas sobre seu bem querer, os perigos que espreitam a caminhada, a qualidade de sua união.
5. Cada pessoa é um mistério. Para que os relacionamentos sejam bons e fecundos, no casamento como em outros âmbitos, precisamos de pessoas que visitem o seu interior. Pessoas vazias, todos esses que vão se derramando nas coisas, os que pensam pela televisão, sem entrar no âmago de nada, não têm o que falar.  Não basta apenas o diálogo sobre coisas imediatas: a cozinha, a geladeira, a compra da casa, os mosquitos no fundo do quintal.  As pessoas sem interioridade não constroem o casamento. Há um momento em que se dão conta de não terem nada a dizer um ao outro.  Continuam por continuar. Casamentos sem brilho!
6. As pessoas, com efeito, não precisam fazer discursos, nem declarações de amor a cada instante. Os dois, marido e mulher, vivem em estado de cumplicidade:  conversam sobre o dia que chegou quente, resolvem juntos plantar gerânios, observam que o filho vai fazer a primeira barba, encantam-se com a velha mãe e sogra que lhes traz uma cuca de banana para o café de domingo à tarde.  Os casados dizem essas coisas simples de todos os dias. Dizem ou vivem. Devem também poder exprimir o que se passa em seu interior. Por vezes serão exclamações de contentamento. As pessoas se declaram felizes. Outras vezes há medos e apreensões com relação ao presente e ao futuro da união dois e da vida familiar.
7. Sim, normalmente falando no casamento não são necessárias solenes declarações de amor a cada esquina da vida.   Em alguns momentos, porém, será necessário colocar gestos que exprimam o bem querer: o segurar a mão do outro, a realização do encontro dos corpos como comunhão de vida e sacramento de um amor, uma oração dos dois, diante do Cristo Senhor. Esses gestos falam mais do que discursos.
8. Por vezes, certos casais que vivem na casa dos pais ou dos sogros, sem liberdade, sem privacidade não tem  espaço para serem eles menos...Anos a fio vão se distanciando... Chega um momento em que o casal se dá conta que nada foi feito, que a conjugalidade não foi construída e que os dois estão no ponto zero, cheios de mágoas e de arranhões.  Quem casa quer casa, diz o ditado.
9. O casal que deseja crescer como casal diante dos homens e diante de Deus viverá em clima de diálogo, de abertura, de acolhida, de dom, de vontade de começar tudo de novo como se pouco ou nada tivesse sido feito. (Frei Almir Ribeiro).

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