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FOTOS QUE EVANGELIZAM

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SEMANA DA FAMÍLIA 2014

segunda-feira, 25 de abril de 2011

ABERTURA DO PROGRAMA RESTAURAÇÃO - SEGUNDA DAS 16h ÀS 17H


A pedra, o túmulo e a libertação

Frei Mário Sérgio, ofmcap

O mercado já havia anunciado, há muito tempo, que era páscoa. Ovos, chocolate, coelhos. As agências de turismo fizeram o mesmo: pacotes, promoções, viagens maravilhosas. Enfim, todos se organizaram para proporcionar momentos intensos de alegria, descontração e pequenos prazeres para todos que quisessem. Os meios seculares se anteciparam, mas foi uma páscoa pagã, isto é, desprovida do verdadeiro sentido cristão. Mas, não é papel do mercado conferir esse sentido. Essa é a missão daqueles que têm fé no Cristo Vivo.

Urge resgatar o verdadeiro sentido da páscoa cristã. Celebramos a entrega plena e irrestrita do Filho de Deus que, por amor, aceitou pagar o preço da morte cruel de que foi vítima. Fomos resgatados pelo sangue de um Deus. Minha vida eu a dou, disse Jesus. A morte não teve a última palavra sobre Ele. Pelo contrário, a morte de Jesus foi a morte da morte. Jesus se configura ao Cordeiro Imolado que tira o pecado do mundo. Viver a páscoa é experimentar essa realidade em nosso coração, em nossa comunidade, em nossa sociedade: A vida venceu! Em meio a tantos sinais de morte espalhados por aí, precisamos anunciar essa verdade: Cristo Ressuscitou, aleluia! Na força Dele, podemos ressuscitar de nossas pequenas mortes cotidianas.

O relato do dia da ressurreição é rico em detalhes e simbologias: “Depois do sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. De repente, houve um grande tremor de terra: o anjo do Senhor desceu do céu e, aproximando-se, retirou a pedra e sentou-se nela. Sua aparência era como um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve. Os guardas ficaram com tanto medo do anjo, que tremeram, e ficaram como mortos. Então o anjo disse às mulheres: “Não tenhais medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que ele estava. Ide depressa contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos, e que vai à vossa frente para a Galileia. Lá vós o vereis. É o que tenho a dizer-vos”. As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. Então Jesus disse a elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão”. (Mt 28, 1-10). A ressurreição foi num domingo. As mulheres foram as primeiras a saber. Foi um anjo que retirou a pedra e abriu o túmulo. Todos ficaram apavorados, sobretudo os soldados. Os anjos disseram, não tenham medo. O anjo as convidou para dentro do sepulcro para provar que não havia nada lá dentro, e deu-lhes uma missão: Ide depressa contar aos discípulos que Ele ressuscitou dos mortos.

O grande fruto da ressurreição, em nossa vida, é a capacidade de poder dizer aos outros que Jesus vive para sempre. O encontro do Ressuscitado com Maria Madalena deixa isso claro: Maria, não me retenhas, disse Jesus. Ninguém tem o direito de guardar Jesus para si, de fazer Dele um objeto particular, de devoção privada. Esse poderia ser o risco daquela comunidade representada por Madalena naquele momento. Mas, o Cristo lhe pede para anunciar, isto é, muitas pessoas precisam saber dessa verdade para continuar acreditando na vida, superando as mortes do dia-a-dia, os sofrimentos, as decepções, o peso da cruz, a solidão, a depressão, vencer o luto, enfim, voltar a reviver. Essa é a nossa missão: ajudar a tirar a pedra do túmulo onde estão sepultadas muitas pessoas vivas, como se mortas estivessem.

Para muitas pessoas, ainda não é páscoa! Continuam vendo seus problemas da mesma forma ou pior ainda. Perceba que falei que os problemas continuam, mas podemos olhar para eles de forma ressuscitada, isto é, acreditando na força do Cristo Vivo, no poder do Santo Espírito, de vencer todos os desafios do viver. Por isso, se dê uma chance de viver de novo. Ajude outras pessoas a viverem essa verdade. Proclame para quem quiser ouvir que Jesus quebrou os grilhões da escravidão da morte! Deixe a pedra que lhe prende no túmulo dos seus problemas rolar, para você viver, plenamente, a libertação que Cristo nos ofereceu na páscoa.


Um comentário:

  1. Parabéns Frei por mais essa bela reflexão.
    Que Deus continue te abençoando e te inspirando cada vez mais.

    Cristiano Souza

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