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FOTOS QUE EVANGELIZAM

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SEMANA DA FAMÍLIA 2014

segunda-feira, 21 de março de 2011

ABERTURA DO PROGRAMA RESTAURAÇÃO - SEGUNDA DAS 16h ÀS 17H


Família e depressão

Frei Mário Sérgio,ofmcap

            Não é tarefa das mais fáceis conviver com alguém deprimido. Constantemente, as famílias se perdem nesse emaranhando de sentimentos, de tristeza, de silêncio, de inércia, de um dos seus membros depressivos. São pouquíssimas as famílias que sabem acompanhar um depressivo dentro dela. Quando uma pessoa está deprimida, muitos sofrem. Com freqüência, os deprimidos são revoltados e distantes emocionalmente, e não demonstram interesse em participar de atividades com os outros.

            A melancolia de um depressivo pode ter iniciado há muito tempo, e por isso os membros da família não conseguem relacionar seu comportamento com depressão. Não se pode levar para o campo pessoal o fechamento de um depressivo, exemplo: “ele não gosta mais de mim; ele só vive nervoso, deve estar descontente comigo; ele só vive fechado no mundinho dele, deve ser porque não me ama mais”. Na verdade, uma pessoa depressiva tem pouco a oferecer ao outro.

            É preciso muita caridade para conviver com um depressivo. Geralmente, ele não gosta de nada e nada o agrada; a visão de mundo, de pessoa, de futuro é muita negativa, o que acaba entristecendo quem está ao lado. Os familiares que convivem com alguém depressivo se tornam angustiados com facilidade. Cuidar de um depressivo sempre traz uma preocupação para a família: o medo de também cair em depressão! Depressão parece gerar depressão.

            Uma dificuldade da família é perceber a depressão do outro. Muitas acham que ele só está “apenas meio diferente”.  Quando a família não identifica a depressão, começa pensar que o outro é mal-educado, grosso, mal-amado, mal-agradecido... Quando um familiar entre em depressão, nos primeiros momentos toda a família se volta para dar atenção a ele; mas, quando o quadro começa a demorar, e ninguém ver resultado de cura ou libertação, a família começa a entrar num desânimo muito grande, achando que o deprimido não quer se ajudar.

            Quantos relacionamentos acabaram por que a depressão de um afetou o outro? Quantos casamentos acabaram por causa da depressão? Porém, uma pesquisa mostra que a depressão é comum em solteiros e muito menos em casados. As mulheres se deprimem mais do que os homens e as mulheres solteiras mais ainda. Casamentos problemáticos é uma fonte de depressão. Pessoas casadas que são próximas em termos emocionais, que se apóiam e que se comunicam de modo afetivo, estão protegidas, de certo modo, contra depressão.

            Enfim, alguns cuidados que a família deve ter com membros depressivos: não se irritar com frases desse tipo – ninguém gosta de mim nessa casaninguém se preocupa comigo todos querem que eu morra – geralmente os depressivos ignoram os que e preocupam com eles; cuidado com pessoas que se acham salvadores das doenças dos outros, tem remédio para tudo, oração para tudo, solução para tudo – tem gente que adora piorar a vida do doente com conselhos sem fundamentos, teologias desastrosas e psicologismos, fuja dessas pessoas; Afaste-se de pessoas que só sabem criticar e encontrar defeitos nos outros, os depressivos já são excessivamente autocríticos, amigos e parentes assim só aumentam a depressão; encoraje os deprimido a partilhar, com pessoas de confiança, seus sentimentos e suas dores, mas tente envolver mais gente nisso para que um não fique sobrecarregado com tantas lamentações. É difícil, e algumas vezes até impossível, convencer os deprimidos que são muito tímidos a abrir seu coração para outras pessoas.

            Nossa prosa continuará em outro momento! Essas reflexões são do livro: Depressão e esperança de Howard W. Stone, editora Paulus.

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