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domingo, 21 de agosto de 2011

Reflexão da liturgia domincal


Solenidade da Assunção de Nossa Senhora
Frei Mário Sérgio, ofmcap
            Celebrar uma festa mariana só tem sentido quando a compreendemos dentro do contexto do mistério do Cristo e da Igreja. Maria isolada, descontextualizada, independente, perda sua força e obscurece seu mistério. Mas, quando permitimos que Seu Filho a ilumine, então tudo assume um brilho novo. Assim, a Assunção de Nossa Senhora só tem sentido à luz da Ressurreição de Jesus. Foi para Jesus que “todas as coisas foram feitas e é Nele que todas as coisas subsistem” (Col 1,15-20). 

            Jesus é o primeiro a ressuscitar de entre os mortos. Experimentou a vida humana em todos os seus aspectos, exceto o pecado. Ao morrer, radicalizando sua humanidade, derrota o grande inimigo do ser humano: a morte. Não a morte física, biológica, que é condição inexorável de tudo quanto vive - conhecer a finitude espaço-temporal - mas aquilo que a teologia chama de morte segunda, isto é, a possibilidade de não restituir o ser originário de cada um, o que o torna pessoa única e singular aos olhos do Criador. 

            A morte de Jesus nos possibilitou acesso à fonte originária de nossa existência, que é Deus. Por isso, morrer e ir para o inferno é, exatamente, ausentar-se para sempre da face de Deus. O inferno, para alem de suas imagens aterrorizantes, é muito mais um modo de existir do que um lugar físico, com todos os tormentos imagináveis. Não, o inferno é saber, depois da morte, que Deus verdadeiramente existe e não poder jamais estar com Ele. Inferno é ausência perpétua de Deus.

            Agora sim, podemos compreender a solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Se Jesus venceu a morte e nos abriu o caminho da redenção, nada mais justo do que inaugurar essa nova condição do ser vivente com aquela que Deus preservou da mancha do pecado original: Maria de Nazaré. Quem não peca, não morre. Se a morte é o salário do pecado (Rm 6,23) e Maria foi preservada do pecado, ela não poderia morrer. Jesus morreu porque se fez pecado por nós e para acabar com a morte segunda, não a biológica. Portanto, Maria conheceu a morte natural, mas não a corrupção da morte, disso ela foi preservada e é esse mistério que celebramos hoje: sua subida para o céu. 

            Podemos guardar para a nossa vida, nossas vivências, nossa espiritualidade uma certeza: nosso lugar é o céu. Maria nos aponta para o Filho, e Ele nos conduz para a Casa do Pai. Maria foi a primeira, todos iremos também se a nossa conduta for digna do evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, hoje é dia de valorizar a pessoa humana, de valorizar o corpo humano como maravilhas e verdadeiras obras primas da criação. Hoje é a festa da alegria de ser gente, de ser pessoa, de ter um corpo. Deus nos salvará em nosso corpo. Cuidemos do corpo, lugar onde Deus quer habitar em nós, e cuidemos da vida como dom precioso do Nosso Deus.

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