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SEMANA DA FAMÍLIA 2014

domingo, 8 de maio de 2011

III Domingo da Páscoa






OS DISCÍPULOS DE EMAÚS



Frei Mário Sérgio, ofmcap
            O caminho de Emaús é uma das mais belas páginas dos relatos da presença do Ressuscitado na vida da comunidade. Distante, apenas, 11km de Jerusalém, Emaús, torna-se o símbolo da negação do projeto de Deus, da frustração, do abatimento, da desolação, da morte que vence a vida. O Cristo Ressuscitado é presença em todos os momentos da vida dos discípulos: alegres, tristes, sofridos, festivos, amedrontados, desesperançados, enfim. O que acontece é que nem sempre temos olhos para percebê-Lo entre nós.
            “Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido (v.14)”. No caminho, os discípulos de Emaús faziam memória dos acontecimentos daquela páscoa sangrenta. Certamente, revisando textos bíblicos, profecias, palavras de Jesus, experiências de curas e libertações realizadas pelo Cristo, sem encontrarem respostas satisfatórias para o ocorrido: a morte de cruz de um homem que se dizia Filho de Deus, o Messias, Aquele que deveria vir ao mundo.
            “Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles (v.15)”. A presença do Cristo naquela situação de desalento não será percebida porque o acesso ao Ressuscitado não se dá sem a mediação da fé. O Cristo inaugura uma nova forma de presença. Ele começa a explicar os textos bíblicos e tudo começa a ter sentido para aqueles discípulos frustrados. Sem o Cristo, ninguém tem condições de compreender a Sagrada Escritura, só Ele é o verdadeiro comunicador das verdades do Pai.
            “Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante (v.28)”. O relato que se segue a partir daqui é, extremamente, edificante e eucarístico. Depois que o Cristo explicou tudo o que tinha acontecido, e aqueles discípulos entenderam o mistério da Ressurreição, chegou a hora do colocar tudo o que aprenderam do Cristo em prática. Jesus passa adiante, já era noite, tudo escuro, os perigos da estrada, a fome... Mas, os discípulos já haviam compreendido sua nova missão e exercem a hospitalidade. Não basta entender o evento Jesus-ressurreição intelectualmente, é preciso deixá-Lo entrar em nossa vida, em nossa casa, em nossos pensamentos, em nossos corações.
            “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando (v.29)”. Linda essa expressão! A noite é sempre a experiência da ausência de Deus, do medo, do escuro, das trevas. As noites são as nossas incompreensões; nosso medo de encarar as dificuldades da vida com maturidade e coragem sem fugir dos problemas; a noite é nossa falta de fé e de esperança; a noite é nosso medo de Deus. Quando Jesus Ressuscitado fica conosco, tudo se transforma em nossa vida. Tudo se renova! O convite a que Ele fique conosco deve ser uma insistência de todo discípulo que entendeu uma palavra do Mestre que diz: sem mim, nada podeis fazer – eu acrescento, nem compreender!
            “Tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e distribuía (v.30)”. O Ressuscitado só foi reconhecido pelos discípulos num contexto eucarístico. Jesus caminha conosco, explica-nos as escrituras e parte o pão para nós. É o ritual da Santa Missa. Só na fração do pão poderemos experimentar a força e a presença viva do Ressuscitado. Foi a eucaristia que fortaleceu o coração daqueles discípulos cansados, fatigados, sobrecarregados, sem sentido para a vida. A eucaristia foi remédio que curou aqueles discípulos de Emaús e é nosso remédio, também, para todos os nossos males. 

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Leiturasn deste domingo, apenas clic no link para ler:
  1. Primeira leitura - At 2,14.22-33
  2. Segunda leitura - 1Pd 1,17-21
  3. Salmo - Sl 15
  4. Evangelho - Lc 24,13-35
           

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