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FOTOS QUE EVANGELIZAM

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

ABERTURA DO PROGRAMA DE RÁDIO

Santa Marta: hospitalidade e serviço
Frei Mário Sérgio, ofmcap

Naquele tempo, muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão. Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. Então Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”. Respondeu-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. Disse Marta: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”. Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?” Respondeu ela: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”.( João 11, 19-27)
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Nesse dia 29/07, celebramos a memória de Santa Marta, a irmã de Maria e de Lázaro. Sempre acolhedora e hospitaleira, Marta abria a sua casa para um hóspede ilustre e amigo: Jesus de Nazaré. Deveriam ser momentos de intensas partilhas das missões de Jesus, momentos de descontração, de alegria, de festa. Poderíamos dizer que Betânia era a segunda casa de Jesus. Ali, ele se sentia família também. Era de casa. A intimidade daquela família, com Jesus, era tão forte, que no episódio do evangelho de hoje (Jo 11, 19-27), Marta vai dizer que Lázaro morreu porque Jesus não estava presente no meio deles para evitar aquele desfecho sofrido para todos.

O caminho que Jesus vai percorrer com Marta, passa pela ressignificação da fé daquela mulher-amiga. Por Jesus ter falado em tantos milagres e tantas curas, Marta poderia possuir uma fé num Jesus fenomenal, espetacular, desumano. Logo, ela culpará Jesus pela morte de Lázaro: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido (v.21)”. Foi um desabafo duro para Jesus ouvir. O que o Mestre vai dizer para aquela amiga sofrida e desesperada, é que o morrer faz parte do viver. Mas, dirá algo mais precioso ainda: “Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá (v.25)”. Ora, diante de Marta, agora, não está o amigo, o irmão, o companheiro, o mestre, mas está o Cristo. Passar de uma fé afetiva para uma fé teologal, isto é, passar de um sentimento para uma atitude.

Se Marta não fizesse essa passagem, tão pouco poderia fazer sua belíssima profissão de fé: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que deveria vir ao mundo (v.27)”. Com isso, aprendemos grandes lições: não basta estar com Jesus, é preciso fazer uma experiência de vida e de conversão com Ele; é preciso superar uma imagem falsa de Jesus, curandeirista, mágica, des-humana, e começar a enxergá-lo como o Deus-conosco, isto é, como Deus encarnado, portanto, um Deus que age na história, respeitando os limites de cada tempo e de cada pessoa; e, por fim, acreditar que Jesus é o Senhor da vida.

Marta estava decepcionada com Jesus. Ele demorou a chegar a sua casa e, por conta disso, Lázaro havia morrido. Também temos nossos momentos de decepções com Deus. Sobretudo, com as demoras de Deus em nossa vida, em nossos projetos, em nossos sonhos, na resolução dos nossos conflitos, na cura de nossas enfermidades, e tantas outras demoras... Mas, o que aprendemos com Deus é que Ele tarda, mas chega; e quando chega, traz a vida nova consigo; ressuscita-nos para um novo viver, e nos torna novas pessoas. Quem crê, verdadeiramente, sabe esperar o momento de Deus. Há momentos, em nossa vida, em que achamos que tudo acabou e nos parece muito escuro. No entanto, é, justamente, nestas horas que nós temos de esperar, até mesmo, a esperança. Esperar a própria esperança quando não temos nada para esperar e recusar o desespero. Esta é a grande mensagem do Evangelho.

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