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domingo, 24 de julho de 2011

REFLEXÃO DO 17º DOMINGO DO TEMPO COMUM


O Reino, a pedra preciosa e o tesouro escondido.


Frei Mário Sérgio, ofmcap

Neste 17º domingo do tempo comum, encerram-se as parábolas de Jesus sobre o Reino de Deus. Foram muitas imagens usadas por Jesus para nos ajudar a compreender o que é esse Reino: grão de mostarda, joio e trigo, sementes, diversidades de terrenos, fermento na massa. Jesus continua usando suas imagens, agora da pérola preciosa, do tesouro escondido no campo e da rede cheias de peixes bons e ruins. É preciso a sabedoria de Salomão para discernir, neste mundo tão cheio de opções, de clamores pelos prazeres, pelo individualismo crescente, pela falta de cuidado coma vida e com o meio ambiente, fica desafiador perceber a presença do Reino de Deus.

            Jesus tem o maior cuidado, em seu tempo, de não alimentar a idéia falsa de o Reino de Deus seria a restauração da monarquia davídica, triunfalista, militaresca, e apresenta uma imagem totalmente diferente do reino. Ele o compara ao tesouro escondido e à pérola preciosa, e que tudo mais perde o valor diante dele. Diz que o reino pertence aos pobres e humildes de coração; afirmou, ainda, que seu reinado não é deste mundo. Jesus desconstrói a imagem de reino na cabeça dos discípulos e sugere a verdadeira face do reino: amor, justiça e perdão. O reino acolhe a todos, sem acepção de credo, cor e raça. 

            A alegria pela posse do reino supera todas as renúncias deste mundo. Essa é a verdade que Jesus quer nos ensinar nessas parábolas de hoje. Aqueles que compreenderam o significado do reinado de Jesus consideraram qualquer coisa, posse ou bens, fora dele, como de um valor inferior. Por isso, para abraçar o reino é preciso soltar alguma coisa. Para comprar o reino é preciso vender alguma coisa. Para possuir o reino é preciso abrir mão de outra coisa. Aqui, está uma das grandes dificuldades da vivência do reino: abrir mão de algo. Somos apegados a tudo e a todos. Se não ficarmos atentos, perdemos o reino por causa das coisas que passam. E o reino não volta mais!

            Salomão é o modelo da pessoa que entendeu a grandeza da sua missão, que não consiste em acumular, em ter reinados e mais reinados, mas tudo que ele fizesse só teria sentido se fosse para um bem maior: a felicidade do outro. Por isso, pediu um coração capaz de amar profundamente a pessoa humana. Um coração capaz de discernir entre o bem e o mal. Um coração capaz que fazer o Reino de Deus acontecer. Sem essa lucidez de Salomão, perder-nos-emos no caminho da busca do reino. Podemos nos perder no encantamento, na beleza, na estética do reino e não colocar o fermento na massa. Nossa vaidade é o maior empecilho para que o reino aconteça.

            Por fim, Paulo nos dirá que o maior tesouro quem nos deu foi o próprio Deus: seu Filho Jesus. E o maior tesouro que Jesus nos deu foi a nossa salvação pelo seu sangue derramado na cruz. Fazer o reino acontecer é ter a coragem de deixar configurar ao Cristo, ser sua imagem no mundo, no ambiente de trabalho, na família, em qualquer ambiente em estivermos. Viver o reino não pode ser um peso para nenhum discípulo, pois o salmo vai nos dizer que, “vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina, ela dá sabedoria aos pequeninos” (Sl 118). O próprio Deus vai iluminando nossos passos e dando-nos sabedoria para discernir seus verdadeiros caminhos. 

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LITURGIA DA PALAVRA DO 17º DOMINGO DO TEMPO COMUM:
  1. Primeira leitura - 1Rs 3,5.7-12
  2. Segunda leitura - Rm 8,28-30
  3. Salmo - Sl 118
  4. Evangelho - Mt 13,44-52


 

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