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FOTOS QUE EVANGELIZAM

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SEMANA DA FAMÍLIA 2014

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

ABERTURA DO PROGRAMA RESTAURAÇÃO - QUINTA DAS 16h ÀS 17H


Hoje é dia conversão!
Frei Mário Sérgio, ofmcap

Não confies nas tuas riquezas e não digas: “Basta-me viver!” Não deixes que tua força te leve a seguir as paixões do coração. Não digas: “Quem terá poder sobre mim?” ou: “Quem me fará prestar contas das minhas ações?”, pois o Senhor, com certeza, te castigará. Não digas: “Pequei, e que de mal me aconteceu?”, pois o Altíssimo é paciente. Não percas o temor por causa do perdão, cometendo pecado sobre pecado. Não digas: “A misericórdia do Senhor é grande, ele me perdoará a multidão dos meus pecados!”, pois dele procedem misericórdia e cólera, e sua ira se abate sobre os pecadores. Não demores em voltar para o Senhor, e não adies de um dia para outro, pois a sua cólera vem de repente e, no dia do castigo, serás aniquilado. Não te apóies em riquezas injustas, pois elas de nada te valerão no dia da desgraça. (Eclo 5, 1-10)


O texto acima faz parte da liturgia da Palavra desta quinta-feira (24/02). Rezando, refletindo, meditando sobre esse texto, veio-me uma pergunta: será que temos todo tempo do mundo para mudar de vida? Será que Deus terá toda paciência comigo, esperando a minha conversão? Será que posso confiar na fragilidade da minha vida? A questão é que nos sentimos imortais! Achamos que o nosso fim está muito distante e que só os outros morrem. É difícil pensar na própria finitude, na própria morte! Existem aqueles que batem na madeira só de pensar no assunto.

O desejo de imortalidade é a grande fantasia do ser humano. Ela entorpece a razão, obscurece o raciocínio, ofusca a fé. Paradoxalmente, o Senhor nos comunica a vida eterna. Mas, eterna quer dizer: fora da materialidade. Aceitar o morrer é possibilitar um bom viver! Em que consiste esse bom viver? A leitura nos acende algumas luzes: não confiar nas riquezas; não seguir as paixões do coração; não se iludir com poderes e onipotências, tudo isso passa; não achar que o pecado é coisa simples, banal; não brincar com a misericórdia e a paciência de Deus; e, o mais rápido possível, voltar para o Senhor.

Muitos vivem como se Deus não existisse. O paganismo vai tomando o coração dos cristãos e destilando seu veneno. O ateísmo, grande ilusão do homem, campeia a mente e as opções de muitas pessoas. Quando pensamos em Deus como um Ser que limita a liberdade humana, que traça leis rigorosas e fora de sentido, que delineia uma moral que vê maldade e malícia em tudo, estamos assinando nossa sentença de morte.


Viver sem Deus é uma morte em vida. Afastar-se de seus caminhos é andar sem rumo e direção. Ninguém pode ser de Deus se isso não for um ato de profunda liberdade interior. Não há, absolutamente, prisão alguma numa decisão dessa. É perda de tempo não amar a Deus, não ser Dele, não viver Nele. Uma das mais belas experiências dessa sensação de perda de tempo em não ser de Deus vem de Santo Agostinho, que se converteu numa idade bastante avançada: "Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro e eu fora. Estavas comigo e não eu contigo. Exalaste perfume e respirei. Agora anelo por ti. Provei-te, e tenho fome e sede. Tocaste-me e ardi por tua paz".

Não esperemos o fim da nossa vida para amar a Deus. Pode ser tarde demais. O tempo da nossa mudança, da nossa conversão, da nossa opção por Ele é hoje, é agora. Não nos iludamos, achando que teremos todo o tempo do mundo à nossa disposição, quando quisermos mudar de vida. Santo Agostinho nos lembra: Deus está sempre conosco! E nós, estamos com Ele?

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