Solenidade de São Pedro e São Paulo
Frei Mário Sérgio, ofmcap
Uma das coisas mais bonitas da Igreja Católica é o reconhecimento que ela faz dos seus fiéis que viveram bravamente a sua fé. Esses modelos de vida evangélica nunca caem no esquecimento, pelo contrário, são sempre lembrados, festejados, invocados como intercessores do povo. Olhar para esses modelos não é parar neles, mas descobrir a fonte inspiradora daquela vivência tão radical, Jesus de Nazaré.
Hoje, nesta solenidade, a Igreja venera seus dois grandes baluartes, suas duas grandes colunas: Pedro e Paulo. E, a festa de hoje, não é regada a vinhos finos, mas celebrada com o sangue desses dois mártires. Dois homens extremamente diferentes, intelectualmente opostos, com temperamentos parecidos, mas com algo que os unem profundamente: a fidelidade e o amor a Jesus Cristo.
Em Pedro, celebramos a unidade da Igreja. Nele, temos a segurança de que as portas do inferno nunca prevalecerão sobre ela. Com Pedro, sentimo-nos ovelhas guardadas e protegidas das adversidades do tentador, do inimigo da cruz. Manter a unidade e apascentar as ovelhas do rebanho de Cristo, duas missões que se entrelaçaram, e que o Príncipe dos Apóstolos cumpriu com todo zelo, até sua morte de cruz, com a cabeça para baixo, por não se achar digno de morrer da mesma forma com que morreu o Filho de Deus.
Paulo, o missionário por excelência. Possuidor de um saber extraordinário, entendeu que deveria levar a Palavra do Santo Evangelho aos confins do mundo, e assim o fez. Apóstolos dos gentios, assim ficou conhecido. Pregou em todos os cantos daquela terra conhecida à época, fundou inúmeras comunidades, empreendeu diversas viagens missionárias. E, ao cabo da sua vida, sentindo que a lâmina da espada já lhe cortando a cabeça, disse: combati o combate, guardei a fé!
O sangue desses dois apóstolos lavou o chão de Roma, tornando-a Roma Eterna, dos mártires e dos santos. O testemunho deles deve impulsionar-nos e encorajar-nos em nossa vida cristã e missionária. Hoje os tempos são outros e os desafios também, mas o chamado do Cristo é o mesmo: tornar os homens e mulheres discípulos Dele. Mas, para isso, é preciso que o reconheçamos como o “Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16, 16).
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LITURGIA DA PALAVRA (Domingo, 03 de julho):
Primeira leitura - At 12,1-11
Segunda leitura - 2Tm 4,6-8.17-18
Salmo - Sl 33
Evangelho - Mt 16,13-19
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