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FOTOS QUE EVANGELIZAM

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SEMANA DA FAMÍLIA 2014

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Abertura do programa de rádio - segunda-feira das 16h às 17h - www.am840.com.br


Sou católico

Frei Mário Sérgio, ofmcap
Ouvindo as pessoas que me procuram para uma orientação, fico impressionado como a mistura de crenças faz mal para muitos católicos. Acredita-se muito em coisas ruins que os outros dizem; acredita-se em “trabalhos” realizados por adeptos de outras religiões, seitas, movimentos. Somos católicos, mas nos deixamos influenciar pelo que existe de ruim em outras expressões de fé.

É comum alguns católicos dizerem: alguém fez uma feitiçaria para mim, para o meu casamento, para o meu emprego, para o meu relacionamento e por isso tem tudo dado errado para mim. Ou, acredita numa palavra de maldizer proferida pelo outro, como se fosse um oráculo da verdade. Quando nossa fé católica se permite misturar com outras crendices, deixamos que a superstição domine nossos pensamentos e ações. 

Agora, se deixarmos o nosso psicológico se afetar por essas coisas, então, podemos adoecer, perder o casamento, perder o emprego, perder a alegria de viver. A nossa mente é capaz de coisas que não temos a mínia idéia. Por isso, católicos, deixem a superstição de lado, deixe as crenças dos outros para lá, pois não servem para nós. Macumba, feitiçaria, simpatia, passes, trabalhos para destruir o outro, tudo isso não significa nada para quem é católico, como não pode ter efeito nenhum sobre nossa vida.

Se temos uma fé sincera e profunda, uma fé fundamentada na Palavra de Deus, no Magistério da Igreja, nunca teremos medo das crendices de outras seitas e religiões. Agora, quando sou um católico que não estudo a Palavra, não freqüento a Igreja, não vivo a minha religião, então, fico com a cabeça cheia de bobagens e até perco a minha esperança. O que serve para minha vida é o que a minha religião me ensina. Eu creio é na Palavra de Deus e isso me basta!

domingo, 25 de setembro de 2011

REFLEXÃO DO 26º DOMINGO DO TEMPO COMUM


26º Domingo do Tempo Comum – ano A
Frei Mário Sérgio, ofmcap

              Estamos no domingo da parábola dos dois filhos. A Palavra de Deus é sempre atual. Se identificarmos esses dois filhos como sendo Israel e os gentios, podemos dizer, sem medo de errar, que em todos os lugares, a idéia dos filhos continua presente: o da coerência e o da incoerência.            Narra o texto evangélico que o pai chamou dois filhos para trabalharem na vinha. O primeiro disse que iria e não foi; o segundo, disse que não iria e foi. Jesus pergunta: quem fez a vontade do pai? A resposta é: aquele que foi. 

              Interessante pensar a religião nessa perspectiva: uma vivência da fé, apenas, como algo subjetivista, não constrói comunidade. É pouco dizer que crer! É verdade que a fé é o alicerce de tudo o mais que se possa erigir acima dela, mas uma fé que não tem a coragem de ir ao campo das necessidades mais prementes carece de dar um passo além. Dizer que vai assumir um compromisso e não o faz, é uma tremenda falta de responsabilidade. Da mesma forma, dizer que não vai assumir trabalho algum, caracteriza um fechamento para o serviço, mesmo que depois se arrependa e vá. São duas atitudes condenadas no evangelho de hoje. 

              Dentro desse contexto de coerência e fé, a leitura de Ezequiel (18, 25-28) é um forte apelo à conversão pessoal, individual. Diz o texto: “Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá, não morrerá”. Por uma conduta correta, de acordo com a Palavra de Deus, fundamentada em valores éticos e morais, tornam a vida humana mais leve, mais fraterna e mais suportável. Viver assim, não é um peso para ninguém, mas transparece o que verdadeiramente somos: imagem e semelhança de Deus. 

              O exemplo de uma vida coerente vem do próprio Jesus. Na carta aos Filipenses (2, 1-11), um dos textos mais preciosos das cartas paulinas, Jesus é apresentado como totalmente desprovido de sua Divindade, por amor e obediência, para ser um de nós exceto no pecado. Assim, quem quiser viver a plenitude da vontade do Pai, precisa ter “os mesmos sentimentos que existe em Cristo Jesus”. O esvaziamento de Jesus foi o seu mergulho da condição humana. A atitude de Jesus não foi, em nada, parecida com as dos dois filhos da parábola desse domingo, pelo contrário, assumiu a missão até a morte e morte de cruz. Por isso, o Pai o exaltou acima de toda criatura e lhe deu o nome que está acima de todo nome.

            Peçamos ao Senhor, neste domingo, o dom da fé e a graça da disponibilidade, da solicitude, da coragem, do serviço aos mais necessitados. Que Ele retire do nosso coração a ilusão de que basta ter uma fé individualista, egocêntrica, desprovida de qualquer senso de comunidade, de cuidado com o próximo, de coletividade. E, sobretudo, retire nosso orgulho de somos cristãos e, por conta disso, somos melhores do que os outros, porque o próprio Cristo disse hoje no evangelho: as prostitutas e os cobradores de impostos, isto é, pessoas condenadas pelo senso moral das comunidades daquele tempo - só daquele tempo? - podem entrar no céu na frente dos crentes falsos e hipócritas. Por uma fé mais coerente e mais disponível. 

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LEITURAS DESTE DOMINGO:
  1. Primeira leitura - Ez 18,25-28
  2. Segunda leitura - Fl 2,1-11
  3. Salmo - Sl 24
  4. Evangelho - Mt 21,28-32

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

São Pio de Pietrelcina


São Pio de Pietrelcina

Frei Mário Sérgio, ofmcap

A história da humanidade, desde os seus mais recônditos primórdios, é marcada pela presença de personalidade ilustres, que eram admiradas, adoradas ou cultuadas das mais diversas formas, dependo da cultura na qual estava inserida. Os mitos das antiguidades estão cheios de estórias fabulosas de deuses e deusas, que exerceram um forte fascínio sobre os homens e mulheres. Ser como eles, eis o grande desejo do ser humano. 

O tempo passa, os mitos enfraquecem, mas são ressignificados. Eles reaparecem com nova roupagem, nova linguagem, novos modelos. Mas, a essência continua sendo a mesma. O desejo de ser como eles continua no coração da humanidade. Ídolos do futebol, da música, do cinema, das telenovelas, dos esportes de modo geral, enfim. Mas, a idolatria é geradora de frustração e de vazio existencial. Mito é sempre algo inatingível, longe, bem distante. O mito sempre escapa aos que querem lhe decodificar, ele vai sempre além. 

Paralelo à história das grandes epopéias, surge o cristianismo. Essa nova religião não apresenta um mito, mas o próprio Deus encarnado. Há quem queira fazer do Cristo um ídolo, mas não conseguirá, porque Jesus Cristo foge às categorias mitológicas. Primeiro: Jesus não é uma invenção da criatividade humana, nem das projeções psicológicas, muitos menos das neuroses de quem quer que seja. Segundo: Jesus – rosto divino do homem e rosto humano de Deus – foi homem em sua plenitude, não tendo nada em Si que negasse sua plena humanidade. Terceiro: a vida e a história de Jesus, seus ensinamentos e palavras, tocavam a profundidade da pessoa humana, que percebia, Nele, algo de diferente: o Próprio Deus entre nós. 

Esse Jesus Cristo, Deus Conosco, passou pelo mundo chamando homens e mulheres para o seu seguimento. Formou uma comunidade sólida de discípulos e disse: “Vós fareis coisas maiores do que eu fiz” (Jo 14, 7-14). E, no decurso da história da Igreja, o que pudemos experienciar foi o número dos seguidores de Jesus que viveram profundamente esse chamado, realizando milagres e prodígios em Seu nome. Dentre esses seguidores, está São Pio de Pietrelcina, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Franciscano, pobre e humilde, sacerdote e confessor. Carregou, em seu corpo, as chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo por 50 anos. É um santo do século XX, que foi tão marcado por guerras, mortes e muito derramamento de sangue. Foi o belo sinal de contradição e de amor neste tempo tão cruel para a humanidade. 

Ora, seria um mito o padre Pio? Claro que não! Venerá-lo é um culto de idolatria? Óbvio que não! O mito sempre aponta para sim. A idolatria é adoração ao que passa. Padre Pio não tinha força por si, mas por Aquele que é Maior do que Ele. Sua vida sempre foi apontar para o Cristo. Nunca quis vangloriar-se ao não ser no Senhor. Era um homem desprovido de vaidades e de orgulho. Viveu, mas já não era ele quem vivia, mas o Cristo que viva Nele. São Frei Padre Pio de Pietrelcina – rogai por nós!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Abertura do programa de rádio - segunda-feira das 16h às 17h - www.am840.com.br

AZEDOU AQUELE CASAMENTO

Dezenas de acidentes podem azedar uma receita. O doce que era bom e que todo mundo elogiava, de repente, por algumas razões, acaba azedando, a tal ponto que até mesmo os donos da receita não sabem explicar o que houve. Dá-se o mesmo com os casamentos. Gente boa, que só fez o bem na vida, de repente azeda de tal maneira a sua relação que, estarrecidos os amigos reagem com incredulidade. – Eles? Não! Todo mundo menos eles!

Tenho visto isso ao longo do meu sacerdócio. Amigos meus, que pareciam ser um par de pombinhos, acabam rompendo de tal maneira, que nem se olhar conseguem mais. Ele diz que não tem o que mudar e que não vai mudar. Se ela casou com ele daquele jeito é daquele jeito que vai ser até o fim. Ela diz que tudo muda, o tempo muda, os rios mudam, um povo muda e até a religião muda, então porque o mister imutável não pode fazer um esforço para saber mais, ler mais, ser mais gentil, mostrar mais presença, vestir-se melhor, adquirir bons modos, vir do trabalho na hora certa?

O debate vai longe. Ele acaba indo cuidar de seus negócios e ela dos dela. Os dois se dizem feridos e desrespeitados. Chega a hora em que um diz ao outro que já cedeu demais e dali não passa. Fiz até uma canção sobre isso; “Já não se amam”. Infelizmente acontece e acontece com gente boa. Agora, enquanto escrevo, posso lembrar pelo menos uns 50 casamentos de católicos e evangélicos que não conseguiram mais se encontrar. Acabou o encanto, a admiração e a paciência. Em muitos casos, não há outra pessoa. O que há é a pessoa que não aceita se atualizar e bate o pé dizendo que quem tem que mudar é a outra. É uma pena que o que foi tão bonito acabe desse jeito.

Quando a receita, que era boa e dela todo mundo queria uma cópia, azeda, a primeira coisa que se deve é tentar descobrir qual, ou quais ingredientes contribuíram para azedar a relação. Não demora e as filhas ou os filhos falam: falta de gentileza, um dos dois é livre demais, tem outra pessoa no pedaço, bebida, desmazelo, imposições, fuga do lar, cansaço, rotina, a mãe mudou, o pai ficou atrasado, o pai mudou demais, não lêem nada sobre as mudanças do mundo, falta religião serena e inteligente, competição entre os dois, a mãe não quer mais o pai, ela tem outro modelo de homem em mente, ele está dando uma de jovenzinho…O pai é convencido. O pai é bronco. A mãe virou dondoca…

Uma conversa em família mostra que os filhos já sabiam há tempos, os vizinhos e parentes já percebiam e ninguém tinha a coragem de enfrentar os dois. É difícil, porque, um dia, um não cede, outro dia o outro não cede e há dias em que os dois não cedem. E há os que se fazem de vítima. Um dia ele, outro dia ela. Fica realmente difícil ajudar quem acha que não precisa de ajuda, ou acha que é maior vítima. Parecem Adão e Eva discutindo com Deus. “Foi ela, foi ele, foi a serpente!”

É mais fácil ajudar aquele casal que diz: – Errei, e da minha parte vou tentar mudar. Não sei se vou conseguir, mas vou tentar!” O amor vem á cavalo na humildade. Mas quando o amor bobeia, a primeira coisa que faz é apear da humildade. Orgulho ferido é mau conselheiro. Receitas que azedam devem ser revistas. Algumas delas acabam dando certo. Outras, não mais. Depende do tamanho do azedume e do grau de humildade. Quem disse que casar é fácil? Quem disse que perdoar é fácil? Quem disse que é fácil ser humilde? Quem é que gosta de ceder?
Pe. Zezinho scj

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ENCONTRO DE MIGRAÇÃO - Lima (Peru) de 05 a 12 de setembro


Hoje, quinta-feira, dia da Natividade de Nossa Senhora, e nossa celebração foi em língua inglesa. Os confrades dos EUA e do Canadá cantaram belissimamente. Aqui, faz um frio intenso. Em Lima quase não chove, mas essa madrugada desceu um sereno que molhou toda a terra, dizem ser a chuva daqui.

Ontem, formos visitar famílias de migrantes numa paróquia da periferia de Lima. Experiência forte de ouvir aquelas pessoas que sairam de suas terras, mesmo aqui no Peru, em busca de uma vida melhor. Tiveram de ocupar terras, no alto de montanhas, passando frio, sede, fome e toda sorte de necessidades. Pessoas simples, com rostos marcados pelo sofrimento. Eles dizem que fugiram do narcotráfico, terrorismo, desemprego.

Fiquei olhando aqueles irmãos e pensando no Brasil. Nossos dramas, sofrimentos, nossoas necessidades são as mesmas. Até o jeito do povo, aquela simplicidade toda, parece com nosso povo também. Eles ficaram felicíssimos com a nossa presença. Frades de toda a América Latina. Para eles, foi uma honra muito grande nos receber. Depois, serviram-nos uma comida típica do Peru à base de batata com pimenta.

Todos demonstraram um carinho muito grande pelo Brasil, inclusive têm parentes que moram em nosso país. Infelizmente, alguns líderes que lutaram pela posse daquelas terras, acabaram perdendo a própria vida. Tem muito sangue de mártires no chão das américas.

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Agora, estamos partilhando as nossas experiências do ontem nas visitas aos migrantes. Todos os frades estão encantandos e emocionados com o viram e experimentaram ontem. Fica o desafio de abrir o nosso coração e as nossas instituições para acolher os que necessitam de nossa ajuda.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

ENCONTRO DE MIGRAÇÃO - Lima (Peru) de 05 a 12 de setembro

Encontro-me em Lima, capital do Peru, participando do Encontro Capuchinho de migração. Será uma semana de reflexão, estudos, partilhas e visitas aos irmãos que vivem a situação da migração aqui em Lima. Somos Capuchinhos de todas as américas, reunidos com o mesmo objetivo: traçar um plano de presença efetiva junto aos irmãos migrantes.
A primeira conferência do dia foi ( a situação da migração no mundo com ênfase na América). O conferencista foi o padre jesuíta Rafael Moreno, que tem um trabalho direito com os imigrantes no México.

Algumas fotos: