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FOTOS QUE EVANGELIZAM

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SEMANA DA FAMÍLIA 2014

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Abertura do programa de rádio - segunda das 16h às 17h - www.am840.com.br


O Espírito da Verdade

Frei Mário Sérgio, ofmcap

            A vida cristã é impulsionada pelo Espírito Santo. O nosso agir, o nosso querer, o nosso sentir, o nosso fazer, assumem um caráter especial quando motivados pelo Espírito do Senhor. O próprio Jesus, como que preparando os discípulos quando do Seu retorno para a casa do Pai, disse que não os deixariam órfãos, mas enviaria o defensor. Mas, um defensor? De que os discípulos deveriam ser defendidos? Qual era a ameaça de que eram vitimados? Antes de pensar num inimigo de carne e osso, penso que o maior inimigo deles, naquele momento, era o medo. 

            Tudo era muito novo para aqueles homens e mulheres. Um jovem que se dizia Filho de Deus; a morte desse Filho na cruz, de forma escandalosa; a ressurreição depois do terceiro dia; as aparições sucessivas, enfim. O olhar das lideranças político-religiosas para saber se o movimento de Jesus de Nazaré tinha, finalmente, acabado. A configuração do novo movimento que estava surgindo, a crise de identidade daquele grupo, se era judeu ou não, se teria de criar uma nova religião, um novo modo de viver. Esses dramas todos foram resolvidos com a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes.  Batizados com o Espírito Santo, os discípulos conseguiram compreender a vontade do Senhor.

            Sem o Espírito Santo somos ignorantes nas coisas de Deus. Somos tristes, deprimidos, frios espiritualmente, sem gosto para as coisas, agressivos, desmotivados, medrosos. O Espírito é uma necessidade vital para o homem e a mulher religiosos. Sem Ele, nada podemos fazer ou tudo que fazemos é vaidade humana. Invocar o Espírito Santo é, num ato de profunda liberdade, dizer que estamos abertos à sua ação em nossa vida. A necessidade da invocação é a celebração da liberdade humana. Deus não invade nosso espaço, não arromba a porta da nossa consciência, nem do nosso coração. Amá-Lo é uma opção de cada um. Mas, se verdadeiramente, abrimo-nos para a vida no Espírito, tudo se transforma ao nosso redor. Basta experimentar!

            Todos os batizados receberam o Espírito Santo no sacramento do batismo. Precisamos reavivar o Espírito em nossa alma. Pedirmos que Ele reacenda sua chama em nós todos os dias, todos os momentos, todos os instantes. Somos templos vivos do Espírito de Deus, morada escolhida por Ele mesmo para habitar. Se temos o Espírito Santo porque ainda somos tão tristes, tão desesperados, tão pequeninos na fé, tão deprimidos, tão afastados de Deus, tão ausentes na vida de oração... Que o Espírito Santo nos console hoje e sempre!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Abertura do programa de rádio - segunda das 16h às 17h - www.am840.com.br


A doçura da santidade: Bem-aventurada Dulce dos Pobres

Frei Mário Sérgio, ofmcap

            Ontem, Salvador parou para celebrar os grandes feitos de Deus na vida de Irmã Dulce. O Parque de Exposições ficou repleto de fieis, admiradores, miraculados, religiosos e religiosas, clérigos e autoridades civis e militares. Todos queriam experimentar a santidade de Deus na vida da Bem-aventurada Dulce dos pobres. O evento, pautado por um profissionalismo que impressionou, não perdeu o essencial, ser uma manifestação pública da fé cristã.
            Ficou, em evidência, o contraste entre a figura corpórea de Irmã Dulce e o gigantismo de sua obra. Uma mulher frágil, doente, limitada pelas forças físicas, quase não respirava direito, mas uma alma profundamente apaixonada por Jesus Crucificado, abandonado, ferido e machucado, na pessoa dos mais necessitados. Nada impedia Irmã Dulce de servir, nem sua vida adoecida, nada. Assim, ela nos fez compreender as letras da Sagrada Escritura que “para Deus nada é impossível” (Lc 1, 36). Quando tudo parecia ser impossível no cumprimento da missão de Irmã Dulce, ela se reinventava, na força dinâmica e profética do Espírito Santo, e os pequenos milagres de Deus, em sua vida, aconteciam.
            Uma mulher que soube morrer para si mesma. Como é próprio dos místicos, desgastam suas vidas, como velas que se queimam, para deixar Deus ser Deus em suas vidas. Eles não resistem à graça. Eles não deixam suas vontades e seu lado humano falarem mais alto. Pelo contrário, é sempre Deus quem tem a voz de comando atendida. Como o próprio Jesus falou, “as minhas ovelhas escutam a minha voz”, assim viveu a Bem-aventurada Dulce dos Pobres, em total e restrita obediência à voz do seu Pastor, que lhe convidava a cuidar e amar os pobres e doentes.
            Agora é a nossa vez! Já vimos, ouvimos e celebramos a santidade de Deus em Dulce dos Pobres. A pergunta é: o que faremos com nossa vocação à santidade? Como estamos ouvindo a voz do Bom Pastor nos convidando para o seu serviço? O que a vida de Irmã Dulce me inspirou? Para além de venerar os santos e suas imagens, temos o compromisso de olhá-los como um modelo de fé e de responsabilidade com o seu batismo. Santidade não é privilégio de uns poucos iluminados, mas compromisso de todos. O Bem-aventurado João Paulo II disse, em uma de suas vindas ao nosso país, que o Brasil precisa de santos. Como nossa vida responderá ao Santo Padre? Na verdade, o que o Papa falou foi o próprio Jesus Cristo quem exortou no evangelho: Sede santos como nosso Pai é Santo.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Trezena de Santo Antônio 2011

Estamos, desde fevereiro, em plenas atividades para os festejos de Santo Antônio aqui na Igreja da Piedade. Já realizamos alguns eventos, todos exitosos: passeio da piedade, almoço, mingau. Sábado próximo (21/05) será o dia do IV Forró da Piedade e os ingressos já estão esgotados, o que garante metade do sucesso do evento. No dia 31, coroação de Nossa Senhora, celebraremos a missa de entrega da trezena às 8h30. E, a partir do dia 1º, a nossa programação será essa:
17h - Ofício solene cantado de Santo Antônio
18h - Missa Solene da Trezena
19h30 - Quermesse no Claustro interno do Convento

Você é nosso convidado especial!

Contatos:

71 - 3329 2388 ramal 201 - Daise secretária da Igreja.

domingo, 8 de maio de 2011

III Domingo da Páscoa






OS DISCÍPULOS DE EMAÚS



Frei Mário Sérgio, ofmcap
            O caminho de Emaús é uma das mais belas páginas dos relatos da presença do Ressuscitado na vida da comunidade. Distante, apenas, 11km de Jerusalém, Emaús, torna-se o símbolo da negação do projeto de Deus, da frustração, do abatimento, da desolação, da morte que vence a vida. O Cristo Ressuscitado é presença em todos os momentos da vida dos discípulos: alegres, tristes, sofridos, festivos, amedrontados, desesperançados, enfim. O que acontece é que nem sempre temos olhos para percebê-Lo entre nós.
            “Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido (v.14)”. No caminho, os discípulos de Emaús faziam memória dos acontecimentos daquela páscoa sangrenta. Certamente, revisando textos bíblicos, profecias, palavras de Jesus, experiências de curas e libertações realizadas pelo Cristo, sem encontrarem respostas satisfatórias para o ocorrido: a morte de cruz de um homem que se dizia Filho de Deus, o Messias, Aquele que deveria vir ao mundo.
            “Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles (v.15)”. A presença do Cristo naquela situação de desalento não será percebida porque o acesso ao Ressuscitado não se dá sem a mediação da fé. O Cristo inaugura uma nova forma de presença. Ele começa a explicar os textos bíblicos e tudo começa a ter sentido para aqueles discípulos frustrados. Sem o Cristo, ninguém tem condições de compreender a Sagrada Escritura, só Ele é o verdadeiro comunicador das verdades do Pai.
            “Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante (v.28)”. O relato que se segue a partir daqui é, extremamente, edificante e eucarístico. Depois que o Cristo explicou tudo o que tinha acontecido, e aqueles discípulos entenderam o mistério da Ressurreição, chegou a hora do colocar tudo o que aprenderam do Cristo em prática. Jesus passa adiante, já era noite, tudo escuro, os perigos da estrada, a fome... Mas, os discípulos já haviam compreendido sua nova missão e exercem a hospitalidade. Não basta entender o evento Jesus-ressurreição intelectualmente, é preciso deixá-Lo entrar em nossa vida, em nossa casa, em nossos pensamentos, em nossos corações.
            “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando (v.29)”. Linda essa expressão! A noite é sempre a experiência da ausência de Deus, do medo, do escuro, das trevas. As noites são as nossas incompreensões; nosso medo de encarar as dificuldades da vida com maturidade e coragem sem fugir dos problemas; a noite é nossa falta de fé e de esperança; a noite é nosso medo de Deus. Quando Jesus Ressuscitado fica conosco, tudo se transforma em nossa vida. Tudo se renova! O convite a que Ele fique conosco deve ser uma insistência de todo discípulo que entendeu uma palavra do Mestre que diz: sem mim, nada podeis fazer – eu acrescento, nem compreender!
            “Tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e distribuía (v.30)”. O Ressuscitado só foi reconhecido pelos discípulos num contexto eucarístico. Jesus caminha conosco, explica-nos as escrituras e parte o pão para nós. É o ritual da Santa Missa. Só na fração do pão poderemos experimentar a força e a presença viva do Ressuscitado. Foi a eucaristia que fortaleceu o coração daqueles discípulos cansados, fatigados, sobrecarregados, sem sentido para a vida. A eucaristia foi remédio que curou aqueles discípulos de Emaús e é nosso remédio, também, para todos os nossos males. 

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Leiturasn deste domingo, apenas clic no link para ler:
  1. Primeira leitura - At 2,14.22-33
  2. Segunda leitura - 1Pd 1,17-21
  3. Salmo - Sl 15
  4. Evangelho - Lc 24,13-35
           

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Já chegou meu CD

Desde o dia 03 de maio que estamos vendendo nosso Cd chamado TUA ÁGUA, MINHA PAZ. São 13 canções inéditas de minha autoria. Fazemos um passeio por diversos ritmos: samba, bossa, reggae, pop. O resultado final, gráfico e áudio, ficaram excelentes. Toda a renda será revertida para as OBRAS VOCACIONAIS DOS FRADES CAPUCHINHOS.

ONDE COMPRAR:
Na Igreja da Piedade - centro - vizinho ao Shopping Lapa - Salvador
Pelo telefone: 71 3329-2388 ramal 21 (secretaria da Igreja da Piedade)
Pelo email: freimariosergio@gmail.com

PREÇO
R$ 15,00

PELOS CORREIOS:
R$ 15,00 + despesas postais

domingo, 1 de maio de 2011

II DOMINGO DA PÁSCOA


MEU SENHOR E MEU DEUS

Frei Mário Sérgio, ofmcap

            As portas fechadas com medo dos Judeus. Esse foi o cenário que Jesus Ressuscitado encontrou quando foi ao encontro dos discípulos. Vários sentimentos se misturavam naquele momento: medo, frustração, angústia, tristeza, decepção. Parece que todos esperavam um espetáculo protagonizado pelo Filho de Deus, como descer da cruz e matar todos os inimigos, arrebentar aquele túmulo, com uma forte explosão e gloriosamente aparecer para todos verem. Nada disso aconteceu! A ressurreição pertence à outra categoria de pensamento, foge dos critérios da ciência, de espaço e de tempo, e inaugura um modo de acreditar sem precisar ver, isto é, sem a necessidade de cientificidade.

            O acesso ao Ressuscitado acontece mediante abertura dos olhos da fé. Quem precisar tocar, sentir fisicamente, analisar, levar para um laboratório, vai perder tempo. Acreditar na ressurreição de Jesus é abrir-se ao mistério de Deus. Tem de deixar-se invadir por outra forma de conhecimento, que passa pelo sentimento, pela emoção, pela fé, pela mística. Conhecimentos tão nobres, quanto o científico. E, digo mais, conhecimentos mais sólidos do que os científicos que a todo instante são superados por outras teorias. Quem são os Tomés dos nossos tempos? Quem ainda precisar ver para crer? E, quem, mesmo vendo ainda não acredita? Questões como essas são recorrentes no universo dos crêem.

            Quando o Ressuscitado apareceu aos discípulos, Tomé não estava presente no momento. O Cristo entrou naquele ambiente e desejou a paz para todos. E deu-lhes o Espírito Santo. São os dois grandes dons do Ressuscitado: a paz e o Espírito Santo. Porém, a cena que se segue no relato do evangelho de hoje é para toda a comunidade se questionar: Tomé, quando soube, pelos discípulos, que o Cristo havia ressuscitado, não acreditou. Ora, não acreditou por qual motivo? Por que duvidou da força e do poder de Deus ou porque a comunidade falava de um Cristo Vivo com rostos de quem viu um defunto? Fé e vida caminham de mãos dadas. Não podemos anunciar algo de que não estamos convictos.

            A crise de fé, de Tomé, é um alerta para todo evangelizador. Hoje, o mundo crerá em Jesus se os cristãos demonstrarem isso em suas vidas. Não adianta falar de um Cristo Vivo, Ressuscitado, se minha vida, meu rosto, minhas convicções, minhas práticas, caminham numa direção contrária. A comunidade de Tomé tinha uma missão muito grande naquele momento: fazer aquele discípulo crer, mesmo sem ter visto. Mas, não foram capazes. Tomé continuava sem acreditar, precisava ver, tocar, sentir.

            O Cristo Ressuscitado entende que aquela oportunidade de descrença de Tomé poderia servir duplamente para dirimir as dúvidas daquele discípulo e dar uma sacudida naquela comunidade, que mesmo tendo o visto o Ressuscitado, ainda não havia acordado. Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. Oito dias depois Jesus aparece e vai direto à direção de Tomé, e diz: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”.

            Jesus exigiu fidelidade a Tomé. Não ser incrédulo é nossa luta constante na fé. Não perder a capacidade de crer, mesmo quando tudo parece ter chegado ao fim, ao nosso limite. Mas, graças à incredulidade de Tomé, o Ressuscitado nos deixa sua única bem-aventurança: Bem aventurados os que creram sem terem visto! A profissão de fé de Tomé precisa ser a nossa todos os dias: Meu Senhor e meu Deus. Que neste dia da Divina Misericórdia, do envio do Espírito Santo para o perdão dos pecados, também o dia em que a Igreja proclamou João Paulo II como beato, na presença de mais de 1 milhão de pessoas na Praça de São Pedro no Vaticano, sejamos verdadeiros anunciadores dessas maravilhas de Deus para a humanidade. E o nosso grande anúncio não pode ser outro: Jesus Cristo ressuscitou, verdadeiramente, aleluia! 

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LITURGIA DA PALAVRA DESTE DOMINGO:
  1. Primeira leitura - At 2,42-47
  2. Segunda leitura - 1Pd 1,3-9
  3. Salmo - Sl 117
  4. Evangelho - Jo 20,19-31